RIO Alagoano de Santana do Ipanema, o meia Dakson, hoje com 25 anos, começou nas divisões de base do Fluminense. Após passar cinco anos no futebol búlgaro, voltou em 2012 ao futebol brasileiro, contratado pelo Vasco. O apoiador estreou com a camisa do time da Colina foi no empate (1 a 1) com o Flamengo, em novembro, pelo Campeonato Brasileiro. Um dos poucos que se salvaram na decepcionante campanha no Carioca, o pai do pequeno Gabriel soma três gols em 20 jogos pelo time da Colina. Aplaudido pela torcida ao ser substituído na estreia do Brasileiro, sábado, na vitória por 1 a 0 sobre a Portuguesa, Dakson é uma das apostas do técnico Paulo Autuori. Nessa entrevista ao GLOBO, o camisa 87 da equipe que é avesso às noitadas relembra seu início no futebol e fala de assuntos como a chegada ao Vasco e a importância da família.
Como foi seu início no futebol e como você chegou às divisões de base do Fluminense?
Comecei jogando futsal na minha cidade natal. Em 2002 surgiu o convite para fazer um teste no Fluminense, eu aceitei e vim para o Rio, mas acabei não passando no teste. Ai fui para o Campo Grande, onde joguei de 2002 até 2004. Depois acabei recebendo um outro convite do próprio Fluminense, onde joguei por quase dois anos na equipe de juniores. Por falta de oportunidade no time de cima, acabei acertando minha saída do clube e pouco tempo depois surgiu o convite de ir para Bulgária, onde joguei por cinco anos no Lokomotiv Plovdiv.
- Qual foi o maior aprendizado de sua temporada no futebol búlgaro?
Na Bulgária o futebol é muito diferente do brasileiro. No inicio foi difícil a adaptação pelo idioma, cultura e a maneira como eles jogavam. Mas depois que aprendi o idioma, as coisas ficaram bem mais fáceis, inclusive minha adaptação. Aprendi bastante coisa, não só no futebol, mas na vida pessoa também. Foi uma experiência muito boa, e vou carregar comigo pro resto da minha vida. Sou grato ao país e ao Lokomotiv Plovdiv por ter me dado a oportunidade de vivenciar tudo isso. Deixei muitos amigos por lá.
- Você está prestes a completar um ano no Vasco. Como foi sua chegada e sua adaptação ao clube e qual foi o maior motivo de orgulho nesse tempo em que está no clube? E sua maior decepção?
Minha chegada foi como eu já imaginava, ou seja, cheia de desconfiança. Eu sabia que não ia ser fácil, estava ciente de tudo, mas procurei sempre treinar com dedicação e aos poucos fui mostrando meu trabalho e ganhando oportunidades. A adaptação foi fácil porque o Vasco sempre teve jogadores de qualidade e um grupo muito unido. A galera me recebeu muito bem e me deixaram bem a vontade, com isso ficou fácil.
Meu maior orgulho foi quando botei pela a primeira vez a camisa vascaína. Jogar no Vasco é motivo de muito orgulho. Minha decepção foi a perda da Taça Guanabara
- Depois de uma boa Taça Guanabara, na sua opinião porque o time foi tão mal na Taça Rio?
Não dá pra explicar o que aconteceu na Taça Rio. Infelizmente não foi como todos nós esperávamos, mas futebol é assim. Agora é esquecer, já passou e não dar pra voltar atrás nem ficar lamentando. É aprender com os erros e seguir em frente. O Brasileiro e a Copa do Brasil estão ai para que possamos fazer da melhor forma possível as duas competições.
- Com a lesão do Bernardo (que só volta no fim do ano), você acredita que sua responsabilidade por armar as jogadas aumenta? E como você recebeu a absolvição do Carlos Alberto?
Todos nós temos grandes responsabilidades dentro do time. A contusão do Bernardo foi uma grande perda para o Vasco . O Vasco precisa muito de um grande jogador como o Carlos Alberto . Eu trabalho todos os dias dentro e fora do campo para estar preparado para ajudar meus companheiros da melhor forma possível sempre que o Paulo achar que eu devo jogar.
- O que a torcida pode esperar do Vasco nesse Brasileirão? Como tem sido a preparação da equipe?
Estamos focados nessas próximas competições, todos nós com o mesmo objetivo de representar bem o Vasco. Nossa equipe tem trabalhado bastante nesse tempo que tivemos e a expectativa é a melhor possível. Esperamos fazer um grande Brasileiro e uma grande Copa do Brasil, para voltar a dar alegrias à torcida do Vasco. Vamos lutar por isso indo além das nossas forças, podem esperar isso desse grupo atual do Vasco.
- O que mudou desde a chegada do Paulo Autuori?
O Paulo é um cara experiente, acostumado a ganhar títulos importantes. Ele é sério, veio pra ajudar e está fazendo um grande trabalho. Tenho certeza que ainda vai fazer muito mais para o Vasco e todos nós que trabalhamos no clube.
- Qual o seu hobby preferido? E seu maior ídolo?
Curtir minha família, pois sou um cara bem caseiro e quando estou perto deles sempre me sinto feliz. Família é a base de tudo, então sempre busco estar perto da minha família linda. Eu não tenho um ídolo assim, mas sempre admirei o futebol do Juninho e do Kaká. Gosto muito de vê-los jogando. São dois caras que admiro muito.
- Como foi conhecer seu filho Gabriel no início desse ano? Qual a importância da família na sua carreira?
Foi uma emoção que nem eu mesmo sei explicar. Só pude conhecê-lo depois de quase dois meses que ele havia nascido. É uma felicidade sem tamanho. Quando o peguei nos braços o coração bateu muito forte. Meu pequeno Gabriel trouxe muita felicidade, amor e luz para toda a família.