O Santos tem até o fim da temporada para exercer a compra de Bernardo, cujos direitos estão fixados em 5 milhões de euros (cerca de R$ 14 milhões), mas não deve mesmo fazê-lo. Na última rodada, por exemplo, a vitória por 4 a 0 sobre o Cruzeiro sequer teve a presença dele. Sem a manifestação do Peixe, então, o Vasco já se planeja com o meia no elenco em 2013. O contrato com o time carioca vai até 2015 e, mesmo com o litígio provocado pelo jogador, ao entrar na Justiça em março, a diretoria não vê empecilhos para voltar a aproveitá-lo.
Nem mesmo a pendência sobre qual treinador vai assumir impede o diretor de futebol Daniel Freitas de adiantar que, por enquanto, o clube conta normalmente com Bernardo, que virou xodó da torcida em pouco tempo, mas estremeceu sua relação com a saída conturbada.
- Até agora, não houve contato do Santos ou de outro clube. É um jogador que tem contrato até 2015 e não tem motivo para não se reapresentar normalmente - afirmou Daniel Freitas.
Alegando débitos de salários, FGTS e luvas, o meia acionou o Vasco e tentou a rescisão unilateral, que lhe foi negada. Pelo Santos, foram somente 14 partidas e um gol. Na Colina, no entanto, marcou 19 vezes em 62 jogos. Ele chegou em fevereiro de 2011 com o aval de Ricardo Gomes, provável diretor-técnico, com quem tem tudo para voltar a trabalhar após seu retorno. Mês passado, visitou os ex-companheiros na concentração antes do jogo na Vila Belmiro.
Para o setor, Juninho e Felipe gostam de jogar mais recuados e, salvo em ocasiões especiais, são escalados lado a lado. Isso vem se repetindo com frequência porque Diego Souza foi vendido e Carlos Alberto é o único mais experiente que restou. Como está vetado com dores no púbis, o interino Gaúcho preferiu apostar na dupla de ídolos contra o Atlético-MG, neste domingo, em São Januário. Em seus primeiros passos no profissional, Jhon Cley e Marlone têm sido experimentados com cautela. Bernardo, a princípio, cobriria esta lacuna no grupo.