A sucessão presidencial do Vasco está nas mãos da Justiça e nesta quinta-feira, a partir das 13h30, o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), finalmente, vai decidir sobre a validade ou não das eleições presenciais realizadas dia 7 de novembro. O pleito presencial em São Januário foi marcado por polêmicas, discussões acaloradas e guerra nos tribunais teve o candidato Leven Siano, da chapa Somamos como vencedor.
O destino do Cruz-Maltino estará sob responsabilidade de um colegiado de cinco desembargadores da da Primeira Câmara Cível e o julgamento será de forma virtual. Os magistrados, por meio de um sistema interno de mensagens, inacessível a terceiros, lançam seus votos e debatem sobre eventuais divergências ou adequações a serem feitas ao resultado.
Leven Siano foi o mais votado em eleições organizadas às pressas, dia 7 de novembro, graças a uma decisão judicial da véspera do desembargador relator do pleito desta quinta, Camilo Ribeiro Rulière. No início da noite, no entanto, uma decisão do STJ, proferida pelo ministro Humberto Martins, determinou a suspensão do pleito. Siano e outros presentes no ginásio do clube decidiram, ainda assim, dar continuidade à votação e posterior apuração das urnas. O advogado foi o mais votado, sendo o preferido de 1155 sócios.
Do outro lado do ringue político está Jorge Salgado, autorizado a ingressar no processo como terceiro interessado, por ter sido o vencedor da eleição virtual realizada uma semana depois, dia 14 de novembro. Leven Siano, Alexandre Campello e Sérgio Frias retiraram suas candidaturas e o candidato da Mais Vasco concorreu apenas com Julio Brant, da Sempre Vasco.
Além de Siano e Salgado, são partes da ação judicial Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo, como agravante. O Vasco e o presidente da Assembleia Geral, Faués Mussa, são os agravados.
A decisão proferida pelo colegiado do TJ-RJ ainda será passível de recurso para os tribunais superiores. Caso o acórdão seja publicado antes do recesso do Judiciário (20 de dezembro até 6 de janeiro), as partes poderão recorrer ao plantões do STJ ou STF. O mandato do atual presidente Alexandre Campello se encerra no dia 15 de janeiro.