Após a vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, Abel Braga brincou que estava mais sem voz do que o normal em São Januário. Um dos motivos segundo o treinador foi o fato de ter de gritar em dobro para orientar os seus jogadores em função de o banco de reservas do estádio do Vasco ficar localizado atrás do gol. Em tom de brincadeira, ele criticou o posicionamento para em seguida elogiar as instalações e a qualidade do gramado. Mas a observação não caiu bem e foi criada uma polêmica, principalmente envolvendo os torcedores do Vasco que não aprovaram o empréstimo e ainda se sentiram ofendidos ao tomar conhecimento da declaração.
Nesta sexta-feira, Abel novamente comentou o caso. Segundo o comandante, em nenhum momento ele quis criar polêmica ou criticar a casa do Vasco. Pelo contrário. Ele novamente agradeceu o empréstimo. Mas voltou a dizer que banco atrás do gol não favorece o trabalho dos treinadores.
- Disse que é horrível o banco ficar atrás do gol e criou-se essa polêmica. Mas essa não é uma posição só do Abel. Pergunta para qualquer um. Até o Cristóvão deve preferir o banco na lateral. Isso não é uma crítica ao Vasco. Eu detesto polêmica e nunca quis atacar ninguém. Eu só agradeço ao Vasco por ter nos cedido o campo. É um grande clube com um estádio próprio - esclareceu.
Neste domingo, o Fluminense volta a jogar no Engenhão contra o Palmeiras. Mas mesmo assim o sentimento não é de jogar em casa. Segundo Abel Braga, o clube não conseguiu criar um vínculo com o estádio e se sente orfão do Maracanã, esta sim, na sua visão, a verdadeira casa tricolor.
- No fundo, sem o Maracanã, nós fazemos 38 partidas no Brasileiro fora de casa. A nossa casa é o Maraca. Mas enquanto ele não reabre temos de nos acostumar - finalizou.
Após a vitória sobre o São Paulo, o Fluminense chegou a 32 pontos e se manteve na terceira colocação do Campeonato Brasileiro. O time volta a entrar em campo no próximo domingo, às 18h30m (de Brasília), contra o Palmeiras, no Engenhão.