O diretor executivo do Vasco, René Simões, não esconde que a venda de Dedé poderia representar um alívio para as combalidas contas do clube. Mas o dirigente descarta negociar o zagueiro. René diz que o projeto de recuperar a credibilidade do Gigante da Colina começa pelo Mito, e que apenas uma proposta irrecusável poderia fazer a direção vascaína mudar de ideia. Só como a do Lucas, comparou o dirigente, em entrevista à Rádio Bandeirantes, usando como exemplo a venda do são-paulino por mais de R$ 100 milhões ao PSG.
Não tem como tirar o Dedé do Vasco agora. O clube não tem interesse em se desfazer do jogador. E isso não é conversa de dirigente. Embora as finanças do Vasco necessitassem disso, o Dedé é o símbolo maior do Vasco da virada, da determinação, do comprometimento. Ele é importantíssimo, e os torcedores entendem disso, afirmou René, que teve recentemente um encontro com líderes de torcidas organizadas e levou da reunião algumas reivindicações, como a permissão para que o Vasco mande clássicos em São Januário.
A saída do Dedé causaria um mau humor na torcida, e o clube precisa de todo apoio e compreensão dos vascaínos. Não há essa possibilidade, completou.
A resistência tem um motivo em especial. Ou vários: o clube já perdeu um ídolo, com a saída de Juninho para o New York Red Bulls, e Felipe saiu dos planos do Vasco, em decisão do próprio René, por ter declarado ao jornal \"Extra\" que os dirigentes não teriam moral para cobrá-lo com os salários atrasados. Além deles, outro querido da torcida, o goleiro Fernando Prass, foi para o Palmeiras. Com isso, sobrou Dedé como nome de maior relevo no elenco.
Desde que foi revelado pelo Vasco, no Brasileirão de 2010, Dedé é alvo de sondagens, quase sempre do exterior. Mas, recentemente, o zagueiro entrou na lista de desejos do Corinthians. O clube paulista acaba de ganhar o Mundial de Clubes e vem turbinado por grandes verbas de TV e patrocínio. O presidente corintiano, Mário Gobbi, confirmou o contato pelo zagueiro, mas se mostrou pessimista e não crê que Dedé saia para outro clube do país. O Cruzeiro também estaria interessado no jogador.
A multa rescisória de Dedé está estimada em R$ 70 milhões, e o contrato vai até 2015. O zagueiro disse recentemente que não tinha recebido proposta e que seu foco estava no Vasco.
Os direitos econômicos do defensor estão divididos da seguinte forma: 45% são do Vasco, outros 45% de uma empresa e restante da Ability.