Dedé era o reforço dos sonhos da torcida do Vasco para a defesa, mas a demora para que sua situação no Cruzeiro seja definida e a falta de propostas atraentes deixam o zagueiro estagnado em Belo Horizonte e um pouco mais distante da volta para São Januário.
As conversas entre clube e empresário do jogador levaram as partes a concluir: não há futuro na relação. A Raposa quer reduzir os gastos, e os salários de Dedé, na casa dos R$ 700 mil, estão bem além do que ela vislumbra para o ano na Série B.
Entretanto, somente uma proposta chegou ao jogador, que conta com convocações para a seleção brasileira: a do Vasco. Mas o valor oferecido de salário, R$ 200 mil, ficou longe de agradar Dedé. Sua história em São Januário pesa — ele foi ídolo da torcida entre 2010 e 2013 e campeão da Copa do Brasil em 2011 —, mas há uma incompatibilidade financeira considerável entre proposta vascaína e ambição salarial.
A alternativa de Dedé para manter o patamar atual seria uma transferência para o futebol chinês. Clubes sondaram os representantes do zagueiro, sinalizaram interesse, mas nenhuma proposta chegou até agora.
Enquanto não vê nada que interesse, Dedé segue trabalhando a parte física na Toca da Raposa, fora dos planos do Cruzeiro, se preparando para voltar a jogar depois da lesão no joelho direito, sofrida em outubro. É exatamente o histórico de problemas médicos que tem dificultado o acerto com outros clubes. Muitos esperam o retorno aos gramados para fazer proposta.
O Vasco, por sua vez, se posiciona em compasso de espera, mas internamente o nome do jogador não é mais falado como antes. O clube atravessa dificuldades financeiras e não tem condições de aumentar muito a oferta pelo zagueiro. Sem ele, o técnico Abel Braga vai tocando o trabalho com os jogadores que tem a disposição para atuar no lado direito: Werley e Ulisses.
A expectativa de fechar contratações segue. Por enquanto, a diretoria está mais avançada na tentativa de assinar novo contrato com Freddy Guarín. O volante colombiano abriu conversas com o cruz-maltino e se mostra disposto a jogar em São Januário em 2020, contanto que o clube consiga quitar as dívidas que têm com ele.
Para isso, o cruz-maltino espera receber o dinheiro do novo patrocínio com o Banco BMG. O clube corre para resolver o impasse quanto ao pagamento nos próximos dias.