O exemplo é sintomático: o gerente de futebol Anderson Barros, mesmo depois de ajudar o Vasco a se classificar para a Libertadores de 2018, cogita a possibilidade de deixar o clube e ir para o Botafogo, que está fora da principal competição sul-americana. Em condições normais, o executivo dificilmente trocaria São Januário por General Severiano. Mas a indefinição política que assola o Vasco pesa a favor da transferência.
Com Julio Brant ganhando força para assumir a presidência em meio a um imbróglio judicial, sem data para acabar, quem não tem vaga certa no clube em caso de mudança põe as barbas de molho. É o caso de Anderson Barros, que deve ser demitido se a vitória da oposição for confirmada.
Zé Ricardo e sua comissão técnica direta são dos poucos que podem se sentir seguros no momento, especialmente no departamento de futebol. A ligação próxima de alguns profissionais com a atual diretoria pesa contra, como é o caso de Valdir Bigode, auxiliar técnico fixo que, inclusive, foi votar na eleição do dia 7 de novembro.
Quem também deve deixar São Januário é o coordenador científico Alex Evangelista, que assumiu condição de protagonismo no clube durante os três anos da atual gestão. O Centro Avançado de Preparação, Recuperação e Rendimento Esportivo (CAPRRES) já foi questionado por Alexandre Campello, candidato à vice-presidência da chapa de oposição. A tendência é que outro profissional assuma a área.