A harmonia e boa fase do Vasco em campo — com 100% de aproveitamento e líder do Campeonato Brasileiro — contrasta com os conturbados bastidores de São Januário em ano de eleição. Em meio às vitórias da equipe comandada pelo técnico Ramon Menezes, o departamento de futebol ganha a missão de blindar o elenco do clima político que começa a tomar conta do clube.
A disputa entre os grupos políticos ganhou mais um capítulo ontem (21), dia do aniversário do Cruz-Maltino, quando a Justiça retirou da pauta a discussão quanto à reforma do estatuto na Assembleia Geral, marcada para a próxima terça-feira (25).
O tema já vinha causando divergências internas há algum tempo, principalmente pela forma que vinha sendo discutido e como seria realizado o pleito.
Paralelamente a isso, há ainda uma "briga" entre membros da Junta Deliberativa, que é a união dos cinco poderes do clube. Alexandre Campello, presidente administrativo, e Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo, se mostram em lado oposto ao de Faués Cherene Jassus, o Mussa, presidente da Assembleia Geral.
Monteiro e Campello contestam alguns passos de Mussa em relação à Assembleia Geral, como a contratação de empresa para votação online. O clube, inclusive, publicou uma nota oficial momentos antes de a bola rolar no duelo com o Ceará, na Arena Castelão.
Inicialmente, na próxima terça se votaria, de forma independente, a favor ou não da eleição presidencial de maneira direta e a favor ou não da reforma do estatuto.
Enquanto isso, o técnico Ramon Menezes trabalha para manter a equipe no caminho das vitórias. Na luta para manter a liderança, o Vasco encara o Grêmio, amanhã (23), em São Januário.
A equipe vem de três vitórias, sobre Sport, São Paulo e Ceará. O Cruz-Maltino tem um jogo a menos porque a partida contra o Palmeiras, válida pela primeira rodada, foi adiada devido à final do Campeonato Paulista.