O papel social que o Vasco teve em toda sua história não é segredo para ninguém, e a preocupação com jovens e adolescentes também sempre foi grande no Clube. Em 1933 surgiu a primeira ideia de se criar um Departamento Infanto-Juvenil no Clube, ainda na gestão de Vitor Moraes, mas a ideia não pôde sair do papel, já que o Clube possuía dívidas a serem pagas devido à construção do Estádio de São Januário. A ideia surgiu, porque na época o Vasco possuía o professor Levy de Magalhães, que ensinava basquete para grupos escoteiros no Clube e é o primeiro registro Infanto-juvenil do Vasco.
A ideia permaneceu anos inativa, até que em 1941, devido às mudanças ocorridas no Estatuto do Clube, foi criado o Departamento Infanto-Juvenil, ao menos no papel. Em 1942, o presidente Cyro Aranha, criador da eterna frase enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal, nomeou para diretor do Departamento, Aníbal Ferreira de Souza, que indicou para a sub-diretoria, o professor Levy de Magalhães.
Mas o que motivou a criação desse Departamento? O Vasco na época criava seus primeiros times de basquete e vôlei, e apesar de ter cerca de 10.000 sócios, sendo grande parte deles com idade apta a prática esportiva, o Clube não conseguia montar times para disputar campeonatos, e sendo assim, tinha que buscar em outros Clubes atletas para formar sua equipe. Um grande sucesso, logo nos primeiros meses, diversos sócios se inscreveram e participaram das equipes do Vasco nos esportes olímpicos que o Clube mantinha, inclusive no Remo, seu esporte fundador.
Em 1943, exatamente no dia 18 de abril, foram enfim inauguradas as dependências do Departamento Infanto-Juvenil. Começando com apenas três esportes, o Departamento cresceu ano após ano, formando atletas que trouxeram títulos, vitórias e glória para o Vasco e, acima de tudo, formou grandes cidadãos, ser-humanos de caráter que cresceram aprendendo a amar o Club de Regatas Vasco da Gama.