O Vasco de Marcelo Cabo tenta priorizar a posse de bola e, com aproximação de jogadores e troca de passes, especialmente em triangulações, busca o gol adversário. A ideia, como o próprio treinador diz, ainda carece de aperfeiçoamento, mas apresentou um resultado que contrasta com a temporada passada.
Em 10 jogos, oito vascaínos balançaram a rede de times rivais. A dependência de Cano, responsável por 45,2% dos gols em 2020, caiu drasticamente. Até agora, o argentino marcou apenas uma vez.
A produção ofensiva de Cano não preocupa Cabo. O técnico revelou entender que o centroavante está mais participativo.
- Falar do Cano hoje é especial. Se você pegar o GPS de jogo dele é algo impressionante. Ele não foi só importante quando o Vasco teve a bola. Ele vem construir, deixa o zagueiro sem função. Ele flutuou entre as duas linhas e teve uma partida irretocável. Nunca ninguém viu o Cano tão participativo sem a bola. Ele é artilheiro nato, mas hoje está participando muito da partida, de forma espetacular, com e sem a bola - disse o treinador após o jogo contra o Tombense.
Dos 10 jogos da temporada 2021, entre Carioca e Copa do Brasil, oito tiveram Cabo como treinador - Diogo Siston e o time sub-20 representaram o clube em duas rodadas do estadual. O técnico contratado para levar o Vasco de volta à Série A soma três vitórias e cinco empates, com 16 gols marcados e 13 sofridos.
Na comparação com as 10 primeiras rodadas da temporada passada, a diferença fica mais nítida. Sob o comando de Abel Braga, contando Carioca, Copa do Brasil e Sul-Americana, a equipe havia feito sete gols: quatro de Cano, dois de Werley e um de Andrey.