Dimitri Payet ainda não se firmou como titular do Vasco, está longe de atuações brilhantes e nem faz gol ou dá assistência em toda partida que entra. Mas, depois de 12 jogos pelo clube, o francês virou uma espécie de 12º jogador para Ramón Díaz e mostrou ser capaz de desequilibrar.
"Golpe de gênio"
Ter um reserva com o currículo de Payet é luxo para o treinador, que o viu sair do banco no último domingo e decidir o jogo contra o América-MG. A atuação ficou longe de ser brilhante, mas o gol de falta nos acréscimos prova a importância de ter um jogador do nível do francês no elenco. Afinal, ele entregou o que se espera dele: foi decisivo quando o Vasco não apresentava nenhum sinal de que poderia vencer o jogo em São Januário.
A belo cobrança, comparada ao último gol de falta marcado por Roberto Dinamite, maior ídolo do clube, repercutiu de forma positiva na França. Os jornais do país destacaram o fato de Payet ter sido o responsável por manter o Vasco fora da zona de rebaixamento do Brasileirão:
E esta não foi a primeira vez que Payet foi decisivo. O camisa 10 garantiu também a vitória do Vasco sobre o Fortaleza, por 1 a 0, com gol marcado no segundo tempo. Cinco dos 40 pontos que o time tem no Campeonato Brasileiro estão na conta do francês, o que o coloca em posição de carta na manga do treinador Ramón Díaz.
Evolução física
Dos 12 jogos, mais da metade - sete - foram como reserva. Ele chegou a engatar sequência de três partidas como titular, mas a condição física o atrapalhou em momento que o campeonato exigia intensidade do Vasco. Nos últimos quatro confrontos, o meia saiu do banco de reservas em três. No clássico contra o Botafogo, não foi acionado por Ramón.
O camisa 10 briga por espaço no time nas últimas cinco rodadas. A evolução no dia a dia do clube pode ajudá-lo a subir mais degraus e conquistar de vez a confiança de Ramón. Payet tem perdido peso e está mais perto de suportar melhor os desafios do futebol brasileiro, mesmo que ainda não aguente jogar durante 90 minutos.
- O Payet está fazendo muito esforço para ficar bem, para treinar. Sabemos que é muito difícil que possamos usá-lo por 90 minutos pelo ritmo em que jogamos e pelo que disputamos. Por isso, decidimos que os jovens se esforcem mais fisicamente e que ele nos entregue a qualidade, como foi contra o América-MG. Teve um bom controle e tem a forma de jogar que nos deu a vitória. Ele está contente, nós também - disse Ramón Díaz em coletiva no último domingo.
Caso a titularidade não chegue nesta reta final, Payet pode mudar o status em 2024, já que estará com o elenco desde a pré-temporada. Mas, titular ou no banco, o que fará o francês cair de vez nos braços da torcida é seu poder de decisão. Ele já mostrou, que mesmo aos 36 anos e com a questão física como empecilho, pode contribuir.