Quando deixou São Januário na última sexta-feira, Joel Santana tinha dois motivos para comemorar: a vitória tranquila sobre o líder Joinville e a semana livre para treinar antes do próximo compromisso. O treinador não sabia que teria de enfrentar uma cirurgia para a retirada da vesícula, concluída com sucesso pouco depois das 21h de domingo. Mas mesmo que ele perca os primeiros dias de preparação para o confronto diante do Bragantino - a alta depende da reação do comandante ao pós-operatório -, o descanso após três semanas de correria vem em bom momento.
Depois da estreia de Joel contra o Luverdense, no último dia 9, o Vasco encarou uma maratona. Foram cinco jogos em 17 dias, com direito a viagens para Brasília, Manaus e São Luis. O tempo de descanso entre as partidas contra Sampaio Corrêa e Joinville, por exemplo, foi de apenas 70 horas - o mínimo previsto no Regulamento Geral de Competições da CBF é 66 horas. A equipe jogou no Maranhão na terça, desembarcou no Rio na noite de quarta, fez um treino leve na quinta sem os titulares e jogou na sexta.
- Estou há três semanas no Vasco. E não tive tempo para dar um coletivo. Tivemos uma viagem cansativa e ganhamos do líder. Foi nosso jogo mais tranquilo e logo contra o primeiro colocado. Consciente, agredindo, tocando a bola. Sabemos da nossa responsabilidade, que temos que sair dessa situação. Mas não é da noite para o dia. Vou errar? Vou. Já errei muitas vezes - lembrou Joel após a vitória sobre o Joinville.
Após a cirurgia, Joel deve perder pelo menos os treinos de segunda e terça-feira. Ainda assim a expectativa é de que o treinador tenha condições de comandar o Vasco na próxima sexta-feira, às 21h50 (de Brasília), contra o Bragantino, em São Januário.
- Vou mexer pouco no time. É um jogo que nos preocupa. Se já somos favoritos normalmente, imagina contra uma equipe que também já foi da Série A e atuando em casa? Vamos ter que ter paciência e nos preparar para essa partida - disse.
Com 47 pontos, o Vasco ocupa a quarta posição na Série B do Campeonato Brasileiro. A distância para os líderes Avaí e Ponte Preta é de dois pontos. Já a diferença sobre o Ceará, quinto colocado, é de quatro pontos.