Perder um clássico é algo normal. Mas perder um clássico sem nem sequer levar perigo ao rival incomodou os jogadores do Vasco ontem após o 1 a 0 para o Flamengo, no Mané Garrincha. Ao deixar o gramado, o desânimo do Gigante da Colina, que agora está na zona de rebaixamento, foi nítido e deu real noção do atual momento do time no Brasileirão. Todos concordaram que muita coisa precisa melhorar para a sequência da competição.
Responsável por comandar a equipe e pela criação das jogadas no meio, Pedro Ken, que não brilhou em sua estreia com a camisa 10, avaliou o desempenho do time diante do arquirrival. Para ele, o Vasco não foi competitivo e foi envolvido facilmente.
A gente falhou muito na marcação e ficou olhando o Flamengo criar. Não tivemos competitividade e foi difícil ter a posse de bola. Faltou agressividade na marcação e tranquilidade quando tínhamos a bola. Demos muitos chutões. Mas temos de acreditar em uma reação. O Dorival chegou e ainda contamos com o retorno do Juninho, afirmou o apoiador.
Enquanto o time vai mal das pernas em campo, fora dele a diretoria segue em busca de reforços. Depois da contratação de Juninho e o desejo de contar com o atacante Emerson Sheik, o presidente Roberto Dinamite voltou a conversar com o goleiro Helton, que tem contrato com o Porto até junho do ano que vem. Segundo informações, é o dirigente quem está cuidando pessoalmente dos contatos. A contratação do arqueiro já é vista com otimismo em São Januário.
NOVO PATROCÍNIO
Um dia depois da assinatura do contrato, o Vasco estampou ontem em seu uniforme a logo da Caixa Econômica Federal. O novo patrocinador firmou vínculo de um ano e vai pagar cerca de R$ 20 milhões ao Gigante da Colina. Para conseguir a parceria, a diretoria do clube precisou comprovar as certidões negativas de débito, que devem ser publicadas no Diário Oficial nesta semana. A expectativa agora é o acerto de patrocínio com a montadora de automóveis Nissan, que deve render mais R$ 8 milhões aos cofres do Vasco.