Desde 2005 na Colina, Amaral nunca perdeu clássico. São 11 partidas invicto
Amaral não é unanimidade entre os torcedores do Vasco, porém, no atual elenco cruzmaltino, não há ninguém com um retrospecto melhor do que o dele quando o assunto é clássico. Contratado ao Paulista em meados de 2005, o cabeça-deaacute;rea teve a chance de disputar 11 clássicos, dos quais venceu cinco e empatou seis.
Portanto, na partida de amanhã, contra o Botafogo, vale a pena torcedor vascaíno se apegar à invencibilidade de Amaral, pois a fase em São Januário não é das melhores.
Há oito rodadas sem vencer no Campeonato Brasileiro, o Vasco, além de ter ficado para trás na briga por uma vaga na Copa Libertadores de 2008, ficou mais próximo da zona de rebaixamento.
– Tenho um retrospecto favorável em clássicos com a camisa do Vasco e isso é bom. Mais do que nunca, precisarei que a invencibilidade seja mantida. Nosso momento não é bom e, portanto, não podemos nem pensar em tropeçar diante do Botafogo – disse Amaral.
Embora tenha os números a seu favor, Amaral ainda não sentiu emoção de vencer o Botafogo. Como já derrotou os também rivais Flamengo e Fluminense, o camisa pretende acabar com este tabu amanhã e, conseqüentemente, ajudar o Vasco a subir na tabela de classificação do Brasileiro.
– O Vasco não vence há um bom tempo e já passou da hora de acabar com o tabu. Uma vitória no clássico nos daria um novo ânimo na competição – disse.
Pivô de uma “crise” entre Celso Roth e a torcida, que prefere Andrade, Amaral está em alta no conceito do treinador. Desde a chegada do novo comandante, em meados de abril, o cabeça-deaacute;rea não perdeu mais a posição de titulares. Sob comando de Roth, já são 29 partidas com a camisa 9, seqüência que só sofreu interrupções em razão de algumas suspensões.
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Renata Domingues.
RIO
Nas 300 vezes em que Vasco e Botafogo se enfrentaram na história, a vantagem do time da Colina é indiscutível. São 131 vitórias cruzmaltinas contra apenas 78 alvinegras.
É a maior freguesia entre os clássicos cariocas. No entanto, os últimos dois anos fogem à regra dessas estatísticas, que, de lá para cá, são amplamente favoráveis ao Clube da Estrela Solitária.
Se obtiver um resultado positivo amanhã, às 16h, no Maracanã, a equipe comandada por Cuca igualará a marca histórica de 21 meses sem perder para o Vasco alcançada por Gottardo, Mauro Galvão, Carlos Alberto, Paulinho Criciúma, Donizete, Maurício, entre outros craques que participaram da conquista do bicampeonato estadual de 1989/90. Porém, entre março de 1989 e dezembro de 1990, o Glorioso obteve oito empates e apenas uma vitória diante do rival.
Do primeiro jogo de 2006 – vitória de 5 a 3, em 22 de janeiro – até o clássico de amanhã, 14 de outubro, as equipes disputaram seis jogos.
Foram quatro vitórias alvinegras – duas goleadas – e dois empates.
Além dos 21 meses de invencibilidade alvinegra, vitória ou empate no clássico de amanhã, válido pela 31 arodada do Brasileirão, significará também os quase dois anos de jejum vascaíno. Isso porque o último triunfo do time de São Januário ocorreu no dia 19 de outubro de 2005, em jogo remarcado devido ao escândalo na arbitragem envolvendo Edílson Pereira de Carvalho.
Apesar dos bons fluídos que sopram a favor do Botafogo, os alvinegros preferem manter os pés no chão e pensar apenas no que ocorrerá dentro das quatro linhas.
– Eu, particularmente, não penso nessas coisas: número de jogos, vitórias, etc. Cada jogo é um jogo, e uma história diferente. Temos de lutar em campo e conseguir uma grande vitória – comentou o volante Leandro Guerreiro.
Que as conquistas do glorioso passado alvinegro sirvam de inspiração para os craques do presente.