Nesta terça-feira, a desembargadora Márcia Ferreira Alvarenga, da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, rejeitou duas das três ações movidas por sócios do Vasco que votaram na urna 7. A terceira ainda será apreciada.
As duas ações negadas são de filhos de aliados políticos de Eurico Miranda: Gabriel Peralta teve um agravante liminar rejeitado - ele é filho de Antonio Peralta, que apoiou o atual presidente nesta eleição e deve ser um dos vice-presidentes caso a chapa seja confirmada como vencedora. A desembargadora afirmou:
"Não vislumbro qualquer ilegalidade na decisão atacada, que objetiva se pautar na lisura e transparência do pleito eleitoral, legitimando e assegurando o direito ao voto e a vontade dos sócios respeitada, motivo pelo qual indefiro o pedido de efeito suspensivo."
Por fim, Ricardo Vasconcellos, filho de um assessor de Eurico de mesmo nome, não teve o pedido de habeas corpus analisado. A desembargadora considerou "descabimento da via processual eleita, porquanto não se tem em risco o direito de ir e vir."
A terceira ação é movida em conjunto por nove sócios. Eles alegam que estavam em condições regulares, por isso, devem ter seus votos validados na eleição vascaína. A diretoria do clube afirma não ter nada tem a ver com os recursos.
Em sua publicação, Márcia Ferreira Alvarenga ressaltou as múltiplas ações feitas por um mesmo escritório de advogacia e afirmou ainda que as ações lhe parecem "uma manobra para tumultuar o regular andamento do feito, que busca garantir a lisura das eleições."
Por decisão da Justiça, 671 dos sócios teriam que votar em uma urna separada no pleito do último dia 7, em São Januário. Ao todo, 475 compareceram ao clube. Este grupo compreende quem se filiou ao Vasco nos dois últimos meses de 2015.