O Campeonato Carioca, para o Vasco, ainda não acabou: a diretoria tenta a anulação da final ou, ao menos, uma indenização na Justiça pelos erros de arbitragem, especialmente o que deu o título ao Flamengo, e convoca a torcida para um protesto. Mas a vida e o calendário do futebol seguem, e o time entra em campo hoje, às 22h, em São Januário, para enfrentar o Resende no jogo de volta da primeira fase da Copa do Brasil. A primeira partida, em Manaus, terminou em 0 a 0 e um empate com gols esta noite classifica o time do Sul Fluminense. Para o Vasco, só a vitória interessa.
Com até cinco desfalques, o time precisará do apoio do torcedor. A diretoria tenta aproveitar o misto de revolta e orgulho ferido que a final do último domingo causou nos vascaínos para tentar encher São Januário. Quem comprar um ingresso de arquibancada (inteira a R$ 30), ganhará mais duas entradas. A promoção também vale para cadeira social e setor premium (ambos com inteira a R$ 50). Além disso, o clube convocou, em mensagem publicada no seu site e nas redes sociais, os torcedores a irem ao estádio vestidos de preto, em sinal de protesto e para homenagear “os verdadeiros campeões” do Carioca, nas palavras do clube.
O técnico Adilson Batista tem problemas em todos os setores para armar o time. Na defesa, o zagueiro Rodrigo teve confirmado um estiramento na coxa esquerda e ficará quatro semanas fora. Jomar deve jogar. O lateral-direito André Rocha, com dores musculares, é dúvida e passará por um teste horas antes do jogo.
No meio, Guiñazu ficará três semanas fora. O médico Clóvis Munhoz revelou ontem que o volante argentino jogou as duas partidas da decisão contra o Flamengo com uma pequena fratura no dorso do pé direito, sofrida ainda na semifinal contra o Fluminense. O paraguaio Aranda será o substituto.
No ataque, Edmilson, ainda com dores musculares, está vetado. Seu substituto, Thalles, está cedido à seleção sub-20, e o técnico terá de improvisar.
— Joga o Éverton Costa de centroavante. Ele já fez essa função, sabe fazer o pivô. Não vejo problemas — disse Adilson, pedindo o apoio da torcida e que o time vire a página. — Não gosto dessa história de campeão moral. Temos orgulho do que fizemos, mas não podemos mais lamentar. Temos uma decisão pela frente, precisamos da torcida e da vitória — completou.