Do jeito que dá, o Vasco administra seus problemas. Nesta terça-feira, o clube pagou janeiro aos jogadores para evitar que o atraso salarial chegasse ao terceiro mês e escapar de brigas judiciais. Agora, a diretoria tenta encontrar uma solução para o resto do ano. Segundo o presidente Roberto Dinamite, em entrevista ao ATAQUE, receber em dia é mais do que um direito.
O dirigente não dá prazo para resolver o problema e, embora mostre preocupação com o desempenho do time, garante que não fará loucuras.
O que dá dignidade ao homem também é ter o salário em dia. Essa é a minha maior preocupação no clube. Eu poderia colocar a situação administrativa e financeira de lado e aumentar a dívida do Vasco para que, logo ali na frente, porque hoje é quase inviável, possamos proporcionar momentos de alegria para o torcedor, disse.
De acordo com o presidente, o Vasco tem receita suficiente para manter os salários em dia. Dívidas antigas, como com atletas de esportes olímpicos contratados pelo clube no início do século, porém, estouram o orçamento do clube.
O Vasco é viável? É! O Vasco é forte? É! Mas nós precisamos criar condições para que isso aconteça. Hoje à tarde (segunda-feira) terei uma reunião e vou assinar um documento para pagar um mês de salário. Senão vou entrar no terceiro mês. Fiz o acordo com o Romário, como fiz com Viola, Júnior Baiano, Euller, Donizete
Tinha dinheiro para pagar isso aqui? Não! Eu quero solucionar os problemas do Vasco, e o próximo presidente que entrar eu espero que ele encontre o clube muito melhor que eu encontrei, afirmou.
Durante a entrevista, Roberto atende o telefone. Um jornalista italiano quer saber sobre a situação de Dedé, que interessa a Milan, PSG, Anzhi, Corinthians e Cruzeiro, entre outros. O presidente respondeu que não recebeu propostas concretas, mas que o zagueiro pode ser negociado.
Não tem nada oficial. O Dedé tem mercado, todo mundo quer, concluiu.