O pedido de demissão do vice presidente de Marketing, José Henrique Coelho, abriu a primeira grave crise política do Vasco desde o início da gestão Roberto Dinamite, há sete meses.
Em uma carta endereçada ao presidente, Coelho faz graves acusações à nova gestão.
No documento, Coelho denuncia a existência de nepotismo em contratações, distribuição de ingressos a amigos, conselheiros e por medo das torcidas organizadas. Ele fala, ainda, no uso de caixa dois na venda de ingressos e chama de desrespeito com os funcionários do clube estão com três meses de salários atrasado a contratação de novos funcionários com altos salários. Segundo o ex-dirigente, nenhuma das mudanças planejadas na campanha foi executada, principalmente na parte financeira.
Na carta, ele afirma ter havido fraude de R$ 13 milhões no orçamento de 2009.
Ontem à noite, Roberto se recusou a comentar.
Não vou responder ao que está num pedaço de papel, numa folha de fax que nem chegou diretamente a mim.
Quem quer ajudar, que esteja no Vasco. Mas não foi imposto a ninguém que fique os três anos aqui disse Roberto.
Coelho foi dos principais líderes do MUV, grupo político que deu sustentação à campanha de Roberto. Ontem, o nome de Fernandão, que também integrava o MUV, surgiu como possível substituto.