A torcida do Vasco já lançou duas campanhas para diminuir as dívidas do clube com o Governo. Uma delas, a Dívida Zero, já contabiliza mais de R$ 70 mil de pagamentos confirmados. Enquanto isso, o clube ainda tenta se acertar com um de seus maiores credores: a Fazenda Nacional. Na terça-feira, o presidente Roberto Dinamite, o diretor geral Cristiano Koehler e o diretor jurídico Gustavo Pinheiro estiveram em Brasília para uma nova reunião com o órgão governamental. Um novo encontro estava previsto até o fim desta semana.
Ainda não se chegou a um acordo definitivo para o parcelamento da dívida, mas houve avanços, segundo um interlocutor da comitiva vascaína que foi a Brasília. O clube tenta convencer a Fazenda desde o meio do ano passado a renegociar as dívidas milionárias. A controvérsia está estabelecida no tempo de pagamento e na fatia das receitas que a Fazenda hoje abocanha do Vasco. Com 100% da arrecadação penhorada, o Vasco tenta a diminuição para 5% do total.
Hoje o clube tem penhorados mais de R$ 20 milhões, depositados em juízo à Fazenda Nacional. Caso o Vasco consiga uma decisão favorável no judiciário, o clube ainda pode receber boa parte da quantia. Mas o caso não é simples. Um novo capítulo da relação credor e devedor aconteceu na venda de Dedé. A Fazenda queria bloquear 100% do valor da negociação - que girou em torno de R$ 14 milhões, mas o Vasco respondeu ao órgão que usou todo o dinheiro para pagamento de dois meses de atrasados de funcionários, de jogadores e outras dívidas com fornecedores. O clube, inclusive, teve que comprovar esses gastos no judiciário, após receber mandado de segurança de um oficial de Justiça.