Dinamite evita apressar definições de quem assumirá cargos vagos

O Vasco continuará órfão em três vice-presidências por mais uma semana. A ideia de agilizar a mudança nas pastas de futebol, finanças e patrimônio caiu por terra quando Roberto Dinamite começou a ouvir respostas negativas dos candidatos que escolheu junto aos aliados. Quase todos justificaram da mesma forma: não haveria tempo para conciliar os deveres profissionais com os clube. Assim, a lista cresceu para mais de dez nomes, e os convites já são distribuídos sem requisitos muito específicos - à exceção do setor financeiro, que exige experiência prática.

Ex-vice jurídico, Nelson de Almeida é um dos que foi lembrado e analisa a possibilidade de assumir o futebol. Próximo ao mandatário desde as campanhas eleitorais, teve de se afastar de São Januário por um problema de saúde, em 2011, mas continuou prestando assessoria na área. Hoje, Aníbal Rouxinol é o chefe da pasta, que se mantém intacta. Além dele, desponta como favorito Ercolino Jorge Neto, membro do Conselho Deliberativo e que atua nos bastidores. A crise política e a escassez de recursos são outros aspectos que afetam as definições.

Apesar da reprovação das contas de 2011 no Fiscal e do receio de estagnação do projeto de reforma do estádio - tocado antes pelos dissidentes Nelson Rocha e Fred Lopes -, Dinamite não impõe mais tanta pressa e acredita que pode se equilibrar na direção durante o início de outubro sem prejuízos. Ele tem recorrido a diversos meios, com a ajuda de alguns correligionários, para assegurar soluções a problemas ainda mais urgentes e que depõem contra a imagem do Vasco, como os salários atrasados e os vencimentos das parcelas da dívida da conta de água.

A postura centralizadora do maior artilheiro da história cruz-maltina foi a causa da insatisfação e da debandada neste mês de setembro. José Hamilton Mandarino liderou o motim.