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Dinamite faz agradecimento e pede para torcedor se orgulhar do Vasco

No dia em que o Vasco completa 116 anos, o presidente Roberto Dinamite relembrou o período em que foi jogador do clube e fez uma balanço de sua administração, que iniciou em 2008 e que se caracterizou por terem ocorrido duas quedas para a segunda divisão. O mandatário aproveitou para agradecer ao clube por tê-lo projetado como atleta e diz que, como presidente, buscou o melhor para o clube.

“Ao longo dos meus 20 anos como atleta profissional dentro do clube acho que contribui para que pudéssemos elevar o nosso clube, hoje numa função diferente, que é a parte administrativa e dentro da presidência do clube, é claro que tivemos algumas conquistas, mas também  situações que não foram boas e foram ruins e marcantes, duas vezes o Vasco caiu para a segunda divisão e  duas vezes tentando voltar. Tenho consciência da minha participação, o regime é presidencialista e quando perde o presidente é culpado, mas buscamos nesse período formar equipes competitivas dentro das dificuldades que o Vasco tinha e tem, são coisas que acontecem na vida da gente. Eu, historicamente, tenho um quadro muito positivo como jogador do Vasco da Gama, o jogador que mais vestiu a camisa na história do Vasco, maior artilheiro da história do Vasco, da história dos campeonatos brasileiros, mas tem também essa parte que é ruim e em relação à função de presidente e o Vasco ter caído duas vezes para a segunda divisão. Assumo isso, e o regime é presidencialista, e se eles estavam dentro da minha administração nesses praticamente seis anos que estão se encerrando, as pessoas tiveram autonomia, erramos e acertamos, e quando se ganha, ganha todo mundo, se perde, na realidade fica na palavra do presidente. Só tenho a agradecer, principalmente ao Vasco da Gama, às pessoas com quem tive a oportunidade de conviver, fui uma pessoa feliz com o que fiz como atleta profissional e como presidente deixei a desejar, tivemos uma série de compromissos, alguns foram cumpridos, outros ainda não, mas buscando sempre fazer o melhor para meu clube. O Vasco completa 116 anos, tem coisas boas e ruins, mas tenho consciência de que busquei o melhor para o clube.”

Dinamite afirma que não se arrepende de nada do que fez em sua administração, destacou a história de conquistas do Vasco e pediu ao torcedor para se orgulhar do clube.

“Não me arrependo de nada que eu fiz na minha vida, o futebol tem também aquele famoso “se”, se o Diego Souza faz gol contra o Corinthians o Vasco seria campeão, se o árbitro anula o gol do Flamengo o Vasco seria campeão carioca também, tem essas coisas que acontecem dentro do futebol, tive e tenho consciência do que eu poderia ter encontrado dentro do clube, não me arrependo de ter estado ali e estar no Vasco hoje dentro dessa função, claro que o torcedor quer títulos e muitas vezes não olham outras coisas que acontecem dentro do clube. Se eu pudesse, gostaria de ser presidente de uma outra forma e em outra situação, dentro de conquistas e vitórias, mas você não pode escolher quando entra para um desafio, você pode ganhar ou perder. O Vasco não ficou preso a essas derrotas, tem conquistas fantásticas, clube que tem sua casa, que se uniu para que o futebol pudesse ser seu carro chefe, abriu portas para não discriminar, a história é muito bonita e passaram por ali grandes jogadores, grandes ídolos, quero também reverenciar e também em desculpar por tudo o que aconteceu, me desculpar por não ter conseguido levar o Vasco a conquistas que esperávamos, mas digo ao torcedor do Vasco que tenha orgulho desse grande clube, não só eu me projetei e cresci dentro do Vasco, outras grandes gerações passaram por ali, outras novas vão surgir e nosso Vasco vai continuar grande, se Deus quiser, voltando para a primeira divisão, local que sempre mereceu estar. Aprendi muito com essa política do futebol, as pessoas torcem pelo sucesso de seu clube e muitas vezes torcem pelo tropeço para que as coisas se tornem mais fáceis para que possam voltar ao clube. O desafio foi feito, tive derrotas, tivemos vitórias, aprendi bastante e torço para que num futuro bem  próximo o próximo presidente do Vasco possa, acima de tudo, ser um grande vascaíno e respeitar o Vasco.”

O maior artilheiro da história do Vasco e dos campeonatos brasileiros encerra a entrevista à Rádio Tupi afirmando que não seria novamente presidente por entender que já deu sua contribuição.

“Não, entendo que já dei minha contribuição, já participei, não basta ser presidente e botar sua cara, a proposta que apresentamos e buscamos foi sempre de delegar poderes a quem estivesse dentro de nossa administração, muitas pessoas trabalharam e não entenderam isso. Em alguns momentos fui criticado por não ter dado autonomia, o que não é verdade. Eu sempre procurei buscar o entendimento, a união entre as pessoas,  foi o que eu fiz ao longo do tempo. O importante de tudo isso é ter consciência de que você trabalhou e buscou com seriedade, honestidade e respeito à instituição.”

Por: Cesar Augusto Mota

Fonte: SUPERVASCO.COM
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