Quem define os árbitros da Libertadores é a Conmebol.
Isso vale para confrontos em times de dois países diferentes.
Não para jogos entre clubes compatriotas.
A entidade repassa a responsabilidade da indicação às federações locais.
No caso do Brasil, a CBF.
E a Comissão de Arbitragem, presidida por Sergio Correa, quem define.
Foi assim com Paulo César de Oliveira e Wilson Seneme nos confrontos entre Fluminense e Inter.
Não seria diferente nos jogos das quartas da Libertadores entre Vasco e Corinthians.
E o escolhido o árbitro que a diretoria vascaína não queria.
Sandro Meira Ricci.
Ele é protegido de Sérgio Correa.
Correa acredita que ele será em pouco tempo o melhor árbitro do Brasil.
Os critérios são discutíveis.
Mas a decisão é de Correa.
O único problema é que Sandro é um juiz marcado.
Sua ligação com o Corinthians é inesquecível.
A partida entre o então time de Ronaldo e o Cruzeiro de Cuca.
Os dois clubes brigavam pelo Brasileiro de 2010.
Centímetro por centímetro.
Em uma partida fundamental no Pacaembu, Ricci marcou um pênalti polêmico em Ronaldo.
Ele cobrou e decidiu a partida.
Cuca socou a mesa de entrevistas.
O senador da República, Zezé Perrella acusou Ricci e Sérgio Correa de favorecimento ao Corinthians.
Para o bem do futebol, o Fluminense atropelou nas últimas rodadas e foi campeão.
No jogo importantíssimo entre Vasco e Corinthians no Brasileiro de 2011 em São Januário, quem foi escalado?
A partida foi no dia 2 de outubro.
Terminou em 2 a 2.
O fato marcante naquela partida foi a conduta de Ricci.
Intimidou os jogadores vascaínos que tentavam reclamar.
Os nervos do time carioca estavam a flor da pele.
Culpa da pressão da mídia, criticando a escolha do árbitro.
A equipe jogou pscologicamente mal.
O Vasco deixou de contabilizar dois pontos cruciais na briga pelo título.
Sandro Meira Ricci já acumula problemas graves na carreira.
Processou Neymar e ganhou idenização de Neymar.
O jogador o criticou no twitter.
Disse que teria de sair de camburão depois de um jogo contra o Vitória.
O Santos tenta desesperadamente vetá-lo em suas partidas.
Mas encontra pela frente a instransigência de Sérgio Correa.
No ano passado, Sandro deu dois cartões amarelos ao mesmo jogador na partida Brasiliense e Formosa.
As imagens na tevê não deixam dúvida que foi Kássio do Formosa.
Ricci disse que havia dado cartão a outro jogador.
A imprensa de Brasília não aceitou a desculpa.
O árbitro nunca se deu bem com a Federação Brasiliense de Futebol.
E passou a trabalhar na Federação Pernambucana.
Continua sua carreira como árbitro Fifa.
E sonha em trabalhar na Copa do Mundo de 2014.
Tem vários concorrentes.
Mas antes disso há os jogos importantes no Brasil.
E envolvendo o Corinthians ele apitará o terceiro em três anos.
Nos dois primeiros, por coincidência, o clube não perdeu.
Ganhou do Cruzeiro no Pacaembu, em 2010.
E empatou com o Vasco em São Januário, em 2011.
As duas partidas fundamentais na luta pelo título nacional.
Agora, as quartas-de-final da Libertadores, em São Januário.
A diretoria corintiana tenta disfarçar.
Diz que ele já trabalhou em nove jogos na história do Corinthians.
Que o time venceu três, perdeu três e empatou três.
E Ricci foi cruel dando 24 cartões amarelos e um vermelho a corintianos.
Só que por coincidência...
Os jogos mais importantes contra o Cruzeiro e Vasco, o time do Parque São Jorge não perdeu.
Roberto Dinamite reclama, sapateia nos bastidores com a escolha.
Mas a verdade é sabe que perdeu espaço na Comissão de Arbitragem.
Ele teve uma briga violenta com os juízes do Rio de Janeiro.
Como Eurico Miranda, invadiu o campo no jogo contra o Flamengo.
A atitude foi reprovada pela Comissão de Arbitragem da CBF.
O clube carioca não tem força política para vetar juízes.
No ano passado tentou que Ricci não fosse escalado contra o Corinthians em São Januário.
Não conseguiu.
Neste ano, tentou e perdeu outra vez.
Na quarta-feira, Ricci pode ter uma arbitragem fenomenal.
Mas há uma certeza.
Ele é o último árbitro que os vascaínos queriam para esse jogo contra o Corinthians.
O último.
E o juiz com quem o Corinthians dá mais sorte.
Quem não se lembra da entrevista de Zezé Perrella dada à ESPN?
Inesquecível tal o grau das acusações.
Sérgio Correa quer mostrar independência.
Mas segue o caminho errado.
E acaba expondo Sandro Meira Ricci...