Depois de passar o ano medindo forças, só na reta final os torcedores dos clubes cariocas descobriram que o sucesso de um nem sempre implica no fracasso do outro. Num domingo em que rubro-negros, tricolores e alvinegros atingiram seus objetivos, como já acontecera duas semanas antes com o Vasco, a temporada terminou com festa e alívio na cidade. Ao contrário do Flamengo, que recuperou a hegemonia e a vocação para grandes conquistas, Botafogo e Fluminense podem ir muito além da luta contra o rebaixamento.
Para que não se perca o bonde da mobilização e do entusiasmo, as promessas de planejamento e transparência que se repetem a cada temporada precisam se realizar no ano que vai nascer. O primeiro avanço, no entanto, já pode ser celebrado: assim como a felicidade, os problemas e as soluções começam a ser compartilhados pelos grandes do Rio.
— O Flamengo ficou 17 anos sem ganhar o Brasileiro, o Vasco ficou seis anos sem título. Precisamos nos fortalecer administrativamente, não deixar o planejamento de lado — sinaliza o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, pondo a instituição acima dos profissionais para justificar a impossibilidade de manter Dorival Júnior. — Não dá para se adaptar à situação de uma pessoa só. Temos problemas financeiros como qualquer grande clube. O Vasco está se estruturando para cumprir seus compromissos. Tudo vem pelos resultados, mas não vamos resolver a situação em dois anos.