As duras críticas feitas por Edmundo a Roberto Dinamite e sua administração, que o presidente vascaíno não é uma pessoa do bem e que o Vasco teria virado quintal para empresários, não abalaram o dirigente, que preferiu não colocar lenha na polêmica.
O Edmundo não vive o dia a dia do Vasco. E parece estar muito mal- informado. Mas não quero polemizar. Neste momento, prefiro trabalhar e cuidar de coisas que são mais importantes para o clube, desconversa Roberto. O Edmundo foi um grande jogador, um grande ídolo, e não tenho nada para falar dele. E a sala da presidência está aberta para qualquer um que quiser fazer alguma reclamação.
Dinamite optou por não dar margem à provocação, mas Carlos Leite, empresário de vários jogadores do elenco, citado como um dos que estariam se aproveitando do quintal vascaíno, mostrou toda a sua indignação com o fato.
Fiquei surpreso com as declarações do Edmundo, que se diz vascaíno e aproveitou um momento de fragilidade do time para atacar a atual administração. Não esperava esse tipo de atitude dele, que anunciou sua aposentadoria enquanto a equipe ainda lutava para não ser rebaixada em 2008. Ele afirmou que o Vasco virou quintal para empresários, mas, na verdade, o Vasco é para todos aqueles que querem o bem do clube, como eu, frisa Leite, alfinetando ainda mais o Animal.
Entendo que ele continue chateado por não ter permanecido no Vasco. Afinal de contas, a última impressão que deixou foi triste. Mas quem determinou sua saída foi ele mesmo, seu mau momento técnico e idade avançada. Tanto que acabou encerrando definitivamente a carreira.
O Bobo da corte voltou
As críticas ao atual presidente e ex-camisa 10 não pararam por aí, mas Carlos Leite citou Romário para explicar a infelicidade de Edmundo. Lamento que um ídolo vascaíno não tenha acompanhado a história recente do clube e tenha tentado desestabilizar o ambiente. Me fez lembrar célebre frase do Romário: o bobo da corte voltou, ironizou.