A derrota para a Ponte Preta e o risco iminente de queda para a segunda divisão no Campeonato Brasileiro levaram a diretoria do Vasco, após reunião na noite desta segunda-feira, a decidir pela demissão do técnico Dorival Júnior. Chamado mais tarde, o treinador foi comunicado pessoalmente. O clube já tem um nome para o cargo: Adilson Batista, de 45 anos e que foi demitido do Figueirense há alguns meses. O objetivo da diretoria é apresentá-lo aos jogadores ainda hoje. O Vasco está em 18º lugar, na zona de rebaixamento.
Contratado após a saída de Paulo Autuori, anda na sétima rodada, Dorival Júnior dirigiu o time 25 vezes na competição, com apenas seis vitórias, oito empates e 11 derrotas (ao todo, foram 29 partidas, incluindo quatro pela Copa do Brasil, com total de nove vitórias, oito empates e 12 derrotas).
- Me chamaram para dizer que havia necessidade de mudar, e eu deixei à vontade para eles fazerem o que achassem melhor. Eu estou triste, mas tranquilo porque fiz o melhor que pude para tentar ajudar — disse Dorival, após ser comunicado da demissão. Foi a segunda passagem do treinador por São Januário. Em 2009, ele levou o time à conquista da Série B.
Antes da reunião, o presidente do clube, Roberto Dinamite, era evasivo quanto ao futuro do treinador. Assim como seus pares de diretoria.
— O clube vai se posicionar na hora certa. Não adianta ficar especulando que falei com um ou outro. Se tiver alguma posição oficial do clube, vocês vão saber — disse Roberto.
Dorival Júnior não pretendia abandonar o clube. Mas o discurso duro ao criticar a atuação de seu time contra a Ponte Preta acabou também por desgastá-lo. Seja como for, o novo treinador terá de enfrentar algumas incertezas, além de injetar novo ânimo no elenco. A começar pelo gol. A opção por Alessandro, um dos três goleiros já usados neste Brasileiro, teve o mesmo efeito de quando Diogo Silva e Michel Alves atuaram: falhas e derrotas.
O time começou com Michel Alves, que errou contra São Paulo — derrota por 5 a 1 — e Bahia. Nesse último, o erro custou dois pontos ao time, no empate em 1 a 1. Veio Diogo Silva, que falhou nas vitórias sobre Fluminense e Criciúma. Depois, um erro custou ponto na derrota por 3 a 2 para o Grêmio. Voltou Michel Alves, que falhou na derrota para o Vitória, por 2 a 1, tirando mais um ponto do Vasco. De volta, Diogo Silva falhou na derrota para o Criciúma e no empate para o Botafogo, o que custou mais três pontos ao Vasco. Até que, no domingo, um erro de Alessandro transformou o empate com a Ponte Preta em derrota.
O Vasco vê os dois próximos jogos em casa, contra Coritiba e Santos, como decisões. Depois, jogará fora contra Grêmio e Corinthians, além de Cruzeiro (c), Náutico (c) e Atlético-PR (f).