Logo após o término do Campeonato Brasileiro de 2008, e o rebaixamento do Vasco para a Série B consumado, o empresário Carlos Leite, vascaíno de nascimento, entrou em contato com a diretoria vascaína e indicou o técnico Dorival Júnior para reestrutura da equipe ano seguinte. Após a ideia ter sido aceita, o investidor entrou em uma segunda etapa: ajudar o clube a montar uma equipe competitiva para a disputa do Estadual, da Copa do Brasil e da Série B em 2009.
Das 16 contratações feitas pela diretoria para a temporada 2009, apenas Carlos Alberto e Leo Lima são atletas que de fato trabalham com Carlos Leite. Os outros foram negociações conduzidas pelo empresário, que ajudou na concretização com um aporte financeiro incial. O presidente Roberto Dinamite explicou a parceria nesta sexta-feira, em Vila Velha, no Espírito Santo.
- O que acontece nessa relação é uma antecipação do que o Vasco só vai ter em fevereiro. Se a gente analisasse a coisa de uma forma clara, o Vasco não poderia fazer investimento nenhum antes de fevereiro. O clube teria que esperar para pensar em armar um time para disputar o início da temporada. Essa era a realidade. A gente tem um investidor, e o Vasco tem um respaldo financeiro para pagar as suas obrigações nesse período. Foi uma negociação de amigo e de vascaíno, pelo menos a gente tem demonstrado isso. O que tem em relação a compromisso é algo que o Vasco possa cumprir lá na frente - explicou.
Em 2009, o Vasco só vai receber novas verbas do patrocinador a partir de fevereiro, quando firmar o contrato de parceria com a Eletrobrás, que vai injetar cerca de R$ 14 milhões por ano nos cofres cruzmaltinos. Além disso, o clube vai tentar negociar outras receitas, principalmente relacionadas à s cotas de televisionamento da Série B.
Para Dinamite, um clube de futebol não consegue tocar a vida sem ter parceiros.
- O futebol e o mercado te colocam nessa situação. Temos que ter parceiros que acreditem. Não é qualquer um que oferece uma situação de apoio nesse momento. Normalmente alguém quer dar o apoio, mas quer alguma coisa troca imediatamente. As pessoas querem 30%, 40% de um jogador, principalmente de atletas que tenham mercado. Hoje existe um investimento, mas acreditando que lá na frente esse investimento vai dar retorno ao clube e ao investidor.
O presidente cruzmaltino fez questão de esclarecer que o Vasco vai seguir tomando todas as decisões em relação ao futuro dos jogadores. Além disso, Dinamite diz que os atletas foram contratado para uma campanha a longo prazo.
- Se o parceiro sair, o Vasco continua. Não tem essa coisa de sobreviver por causa de uma situação. O clube vai cumprir todas as obrigações. Temos a liberdade de trocar ou não, de continuar ou não, porque essa foi uma situação de momento. A partir de fevereiro, o Vasco vai ter vida própria e vai cumprir suas obrigações. Os jogadores que vieram vão sair do clube de uma hora para outra. Essa situação também é importante ser destacada - encerrou o presidente do Vasco.