Maior ídolo e maior artilheiro da história do Vasco da Gama. Presidente do clube nos últimos seis anos e deputado estadual no Rio de Janeiro por cinco mandatos seguidos. Nos gramados, Roberto Dinamite fez sucesso e teve uma carreira brilhante. Fora de campo, a trajetória política evidencia a decadência de um ídolo. Neste domingo, Dinamite não conseguiu se reeleger, teve apenas 9.452 votos por um lugar na Assembleia Legislativa, quatro vezes menos do que teve em 2010 e sete vezes menos do que em 1994.
Fora da política do Estado e fora da presidência do Vasco. No fim deste ano, os dois mandatos de Dinamite se encerram. Como presidente em São Januário, ele acumulou dois rebaixamentos para a segunda divisão do Brasileiro, enfrentou crises financeiras e sofreu críticas de outros dirigentes e torcedores. Como deputado estadual, foi o segundo mais ausente em 2013, com 22% de faltas nas sessões da Alerj (Assembleia Legislaliva do Rio de Janeiro).
Depois de 22 anos de carreira política no Rio (20 como deputado, entre 1995 e 2014, e dois como vereador, entre 1993 e 1994), Dinamite vai se aposentar coincidentemente com o mesmo tempo em que atuou como jogador profissional de futebol. O ex-atacante jogou entre 1971 e 1993.
O fracasso como presidente do clube cruzmaltino refletiu diretamente nas urnas no último domingo. Desta vez, o candidato do PMDB ficou em 156º lugar, teve apenas 9.452 votos, contra 39.730 nas eleições de 2010 e 68.516 votos em 1994. A votação não foi suficiente para garantir o sexto mandato consecutivo de Dinamite.
No Vasco, o ex-atleta de 60 anos não vai disputar a reeleição e só fica na presidência até o pleito do dia 11 de novembro, depois de adiamento da data inicial em agosto por causa de acusações e confusões políticas no clube.
Número de votos de Roberto Dinamite nas eleições para deputado federal:
1994: 68.516 votos (eleito)
1998: 44.993 votos (eleito)
2002: 53.172 votos (eleito)
2006: 49.097 votos (eleito)
2010: 39.730 votos (eleito)
2014: 9.452 votos