Diogo segue os passos do camisa 6 e ídolo da torcida Felipe

Parece o remake de um filme e o script é bem fiel ao original. A história do lateral-esquerdo Diogo, confirmado pelo técnico PC Gusmão como titular no clássico diante do Flamengo, domingo, no Engenhão, cruza com a de Felipe, que trilhou caminho parecido em 1996 e hoje é ídolo da torcida vascaína.

Para chegar aos profissionais, Felipe teve a ajuda de Junior Lopes, filho de Antônio Lopes, treinador vascaíno na época. Trabalhando no Botafogo, Junior viu o atual camisa 6 de São Januário em ação pelos juniores do Gigante da Colina, ficou impressionado e rapidamente avisou ao pai, que atendeu de prontidão, deu uma chance ao garoto nos profissionais e não deve ter se arrependido.

Menos de uma semana foi o bastante para o então desconhecido Felipe convencer Lopes de que tinha condições de estrear no clássico diante do Botafogo. E ele, ainda com o famoso topete, não apenas entrou no time titular, como começou dali mesmo sua trajetória de sucesso na equipe.

No caso de Diogo, o \"padrinho\" da vez é Gaúcho, treinador do time sub-23 de Cruz-maltino, que faz boa campanha no Campeonato Brasileiro da categoria. Bastaram dois treinos para o garoto convencer PC Gusmão depois de ser indicado por Gaúcho.

E o futuro tratou de fazer o jovem, que chegou a São Januário há apenas quatro meses, vindo do Vila Nova-GO, após ter boa atuação na Copa São Paulo de Juniores, encontrar o professor mais indicado para dar as coordenadas de uma estreia de sucesso.

Desde que entrou em campo para fazer seu primeiro treino pelos profissionais, na quinta-feira, Diogo teve o auxílio de Felipe que, diversas vezes, foi visto gesticulando e dando conselhos ao novato. Ele já tem o aval do mestre.

- Sempre procuro passar tranquilidade, mostrar para ele que essa é a oportunidade que todo jogador espera. Se o PC optar por ele, pode ficar sossegado porque o Diogo está tranquilo e tem qualidade, se não, não estaria aqui no Vasco - disse Felipe, lembrando sua estreia:

- Usei como exemplo a minha situação há alguns anos atrás. Tive minha primeira oportunidade também em um clássico, contra o Botafogo, em 1996. Basta ele jogar da maneira que vem jogando no sub-23 porque vai dar tudo certo.

A primeira sessão do filme está marcada para domingo, às 18h30, no Engenhão. Basta agora, esperar pela exibição do protagonista para ver se ele vai se transformar em um sucesso de bilheteria como o original.