Fluminense e Botafogo não terão o patrocínio da Caixa Econômica Federal em 2016. Nesta terça-feira, o banco federal anunciou um montante de R$ 83 milhões em patrocínios para a temporada que se inicia. O valor total do investimento gira em torno de R$ 115 milhões, mas não há um número exato. Segundo o superintendente nacional de promoções e eventos da Caixa, Gerson Bordignon, no Rio de Janeiro existem negociações abertas apenas com o Vasco - que busca a renovação do contrato.
Além do Cruz-Maltino, o Corinthians, cujo compromisso com o banco termina no fim de fevereiro, também está negociando a renovação. Na lista anunciada nesta terça, o Flamengo teve confirmada a manutenção do aporte de R$ 25 milhões. Já Fluminense e Botafogo terão de esperar. Nos bastidores, o Tricolor sonhava com o valor de R$ 20 milhões. Já o Alvinegro esperava algo em torno de 17 milhões.
- Aconteceram conversas com Fluminense e Botafogo em 2015, mas não chegamos a abrir negociação. Para esse ano, não vai acontecer. Com o Vasco, ainda temos uma negociação aberta. Essa semana devemos ter uma reunião com o doutor Eurico Miranda. Temos de chegar a um bom termo - frisou Gerson Bordignon.
O Vasco tenta manter o valor atual de R$ 15 milhões, mas pode acontecer uma redução por conta do rebaixamento para a Série B. A Caixa confirmou ainda os acordos com Cruzeiro (R$ 12,5 milhões), Atlético-MG (R$ 12,5 milhões), Sport (R$ 6 milhões), Vitória (R$ 6 milhões), Atlético-PR (R$ 6 milhões), Coritiba (R$ 6 milhões), Chapecoense (R$ 4 milhões), Figueirense (R$ 4 milhões) e CRB (R$ 1 milhão). Um total de R$ 83 milhões.
- A expectativa de valores esse ano é similar aos outros, R$ 110 milhões, R$ 115 milhões. Algo em torno disso, mas não é um valor fechado. Não tem que caber Corinthians e Vasco nele, por exemplo - explicou Gerson.
O Corinthians, aliás, trabalha com a ideia de fechar com outro patrocinador para receber mais do que os R$ 30 milhões pagos pela Caixa atualmente. O acordo com o banco federal começou em novembro de 2012. Desde outubro de 2015, porém, o clube não recebe as parcelas mensais por conta da ausência das certidões negativas de débito emitidas pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
O clube paulista deixou de possuí-las ao mudar o modelo de financiamento de dívidas, do Refis para o Profut. A situação deve se normalizar ainda nesta semana e o clube receberá todo o valor retroativo, equivalente a R$ 10 milhões. Indagado sobre a possibilidade de investir em outros clubes hoje descartados caso não renove com o Corinthians, Gerson foi direto.
- Não trabalhamos com essa hipótese (de não fechar com o Corinthians) - disse.