No último dia 25 de novembro, o Vasco abriu a semana com uma provocação ao seu torcedor. Tendo as promoções da Black Friday no varejo como mote, criou uma ação para turbinar seu programa de sócios: o objetivo era levar o Sócio Gigante de 40 mil associados para 90 mil, oferecendo 50% de desconto nos planos por seis meses. Uma semana depois, com mais de 140 mil pessoas, o Vasco é o clube com mais sócios-torcedores do país.
O salto representou a maior adesão em massa a um programa de sócio-torcedor na história. Agora, o objetivo é usar os dados recolhidos sobre seu torcedor para ampliar outros negócios e fazer da ferramenta um cartão de visitas do clube.
"O momento agora é de execução e operação para a gente atingir o melhor resultado possível e conseguir atender a todos os fãs. As pessoas que estão entrando agora ficarão pelo menos seis meses no programa. Isso nos dá uma base de dados valiosíssima e que será usada em projetos futuros", disse Eduardo Sá, diretor executivo do Vasco, em entrevista exclusiva para a Máquina do Esporte.
O clube colocou, agora, uma meta para chegar a 200 mil associados. A geração de receitas, nesse caso, é o que menos importa. O objetivo é fomentar a paixão do torcedor, independentemente do resultado dentro de campo. Afinal, o crescimento de quase 20 mil associados por dia aconteceu justamente na semana em que o Flamengo havia acabado de ser campeão da Libertadores e do Brasileiro.
"Quando a gente pega os projetos de sócio-torcedor hoje em dia no Brasil, eles estão muito atrelados ao desempenho esportivo, então o fato de termos conseguido essa adesão nesse momento é mais um sinal de sucesso. Mas, mais importante do que ser o líder e bater os 150 mil sócios, é mostrar o resgate do orgulho do vascaíno e, principalmente, mostrar para o mercado o potencial de mobilização, engajamento e impacto que tem a nossa torcida", defendeu Eduardo Sá.
Assim que as adesões em massa forem diminuindo, o departamento de marketing vascaíno já traçou os próximos planos. O foco será usar esse torcedor recém-conquistado para gerar novos negócios para o clube em outras frentes.
"A gente lançou essa semana o chip do Vasco, temos o contrato com o BMG que tem um variável conforme a abertura de contas. A gente tem uma base valiosíssima para tratar essas coisas e outros projetos futuros, que vão desde o nosso patrocínio máster até a venda de produtos licenciados", complementou Sá.