O diretor geral do Vasco, Cristiano Koehler, explicou, ao GloboEsporte.com, o acordo com a Umbro, que será assinado em breve. A mudança de rumo nas negociações sobre o fornecedor de material mexeu com os bastidores de São Januário nas últimas semanas pelo fato de na última reunião do Conselho Deliberativo o presidente Roberto Dinamite ter se comprometido a não assinar nenhum contrato superior a seis meses. Mas Koehler revelou números e fatos que comprovaria a vantagem do clube na situação.
Segundo o dirigente, a proposta é superior R$ 2,5 milhões em relação à da Penalty, antiga parceira e que abriu mão da renovação automática ao perder o prazo para cobrir a oferta do grupo Dass, que representa a marca que produzirá a nova camisa. A transição com a Penalty acontecerá nos próximos 90 dias, através de documentos entre os departamentos jurídicos, e, assim, o Vasco não corre o risco de ficar sem peças.
- Fomos felizes enquanto durou, mas chegou ao fim em comum acordo, em alto nível. Quem não quis a Penalty foi a torcida, o principal cliente, consumidor e gerador da receita. Ou achas que a Penalty e Vasco conseguirão sobreviver com vendas irrelevantes? Como correr riscos e deixar para renovar em dezembro? Quem garante que o mercado vai absorver os números atuais?
Oficialmente, a Kappa e também a Puma formalizaram proposta ao clube - e ambas, garante o diretor, foram muitos inferiores à da Umbro, que já trabalhou no Vasco entre 2003 e 2005. Cerca de outras dez empresas também fizeram contatos informais, diz o dirigente, que aproveitou para destacar que não conduziu sozinho e o departamento de marketing participou da escolha.
- A proposta da Dass foi a melhor em relação a todas as propostas formais e informais em mais de dez empresas tratadas. O marketing participou e tomou decisões desde do início, envolvendo-se em todas as reuniões e tratativas do mercado. Gostaria de saber quem assumirá a postergação com a Penalty por seis meses e a não obtenção das CNDs (certidões negativas de débito)? Não há alternativa de posse de uma excelente proposta de uma grande empresa.
Sobre a Nike, sempre especulada, Koehler admitiu que houve tratativas recentes, mas explicou que a intenção da multinacional era esperar mais uma temporada para conversar.
- A Nike sequer fez proposta final depois de inúmeras reuniões e trocas de e-mails. Quis que o Vasco os aguardasse para agosto de 2015 sem fazer proposta financeira. Com qual garantia? Não vivemos de sonho, e sim administrando a realidade de um clube endividado e com dificuldades de cumprir suas obrigações.