A diretoria do Vasco vai mesmo tentar a contratação de Luiz Felipe Scolari, de 71 anos, campeão brasileiro com o Palmeiras em 2018, demitido em setembro do ano passado com 67% de aproveitamento - só superado pelos Santos de Jorge Sampaoli e pelo Flamengo de Jorge Jesus.
O diagnóstico para a queda de rendimento do time aponta fragilidade no comando e por isso o nome do técnico gaúcho foi considerado, entre os disponíveis, o mais indicado a suceder a Ramon.
Se haverá êxito na tentativa de convencê-lo a assumir a equipe a um mês da eleição no clube é outra história.
Mas, por ora, não há outro nome.
A dissolução da comissão técnica montada em meio ao caos da paralisação do futebol, em março, foi decidida na manhã desta quinta-feiira, mas já era discutida internamente.
Havia insatisfação com a postura de Ramon no relacionamento com os profissionais do departamento médico e fisiologia, e a avaliação do trabalho na parte física e técnica caiu na medida em que os resultados começaram a desaparecer.
O Vasco venceu dois de seus últimos onze jogos, foi eliminado da Copa do Brasil e tem exibido pouco vigor nas goleadas para Atlético-MG e Bahia.
Chegou-se à conclusão de que o momento era propício à revisão da estrutura.
A contusão do zagueiro Ricardo, que deixou o campo com 29m de jogo, também foi pode ser considerado fatal para a tomada de decisão.
O jogador ficou duas semanas em tratamento no departamento médico e foi liberado para exercícios no campo na quinta-feira que antecedeu a partida contra o Atlético-MG, no Morumbi.
O parecer do departamento científico sugeria um pouco mais de tempo para o aproveitamento do jogador, mas o técnico resolveu bancar a escalação e o levou para a partida sem as condições físicas ideais.
Resultado: teve péssima atuação e voltou a sentir a lesão na musculatura da coxa.
Com a saída de Ramon, a ideia de ter um coordenador-técnico mais experiente, capaz de dar suporte ao treinador nas questões de vestiário, perdeu o sentido.
Por isso Antônio Lopes acabou dispensado.
Assim como seu filho, Lopes Júnior, que fora indicado pelo treinador com quem já tinha afinidade.
A permanência do treinador de goleiros Carlos Germano dependerá da negociação com o próximo treinador.