A troca pública de farpas entre os jogadores do Vasco diante do difícil momento que a equipe atravessa no Campeonato Brasileiro, que foi iniciada nas últimas rodadas, pode ganhar mais um capítulo nesta quarta-feira, quando o time recebe o Coritiba, em São Januário. A diretoria, no entanto, tratou de minimizar a questão.
“Não há como controlar língua de jogador. Tem homem que não controla nem a língua da própria mulher! De cabeça de jogador, juiz e bunda de neném, a gente nunca sabe o que vem”, brincou o vice-presidente de futebol vascaíno, Manuel Fontes, o Neca, diminuindo a dimensão do problema, em declaração ao jornal O Dia.
Já o presidente Roberto Dinamite se mostrou incomodado com as declarações do atacante Edmundo, que acusou os colegas Leandro Bonfim e Jean de não quererem jogar pelo Vasco, além de criticar a postura de Morais, após a goleada de 6 a 1 sobre o Atlético-MG.
“Nesse momento, tudo é complicado. O Edmundo sabe que tudo o que ele fala tem repercussão muito grande. Se fosse ele, pensaria antes de falar algumas coisas”, disse Dinamite, que foi acompanhado em sua opinião pelo técnico Antonio Lopes: “Há certas coisas que têm que ser conversadas internamente, somente entre nós”.
Depois das declarações do veterano atacante, os acusados trataram de responde-las através da imprensa. Na última rodada, quando o Vasco foi goleada pelo São Paulo, foi a vez de Leandro Amaral tecer críticas à postura do elenco. Apesar disso, tanto a diretoria quanto o comandante cruzmaltino descartaram instituir qualquer proibição sobre o elenco, o que abre a possibilidade de mais declarações polêmicas em caso de novo tropeço.