Poucas palavras verdadeiramente produtivas foram ouvidas dos dirigentes do Vasco nos últimos dias. Apontado pelo presidente Roberto Dinamite como o responsável único pelas negociações, o executivo Rodrigo Caetano avisou que não atenderia às ligações na segunda e na terça-feira. Nem mesmo os protestos da torcida com os quais a delegação foi recebida no aeroporto, domingo, na chegada ao Rio após a goleada sofrida para o Santos, na Vila, se mostraram capazes de motivar um depoimento.
O mandatário cruzmaltino, aliás, deu seu parecer a respeito da espécie de lei do silêncio imposta com uma justificativa que tem a ver com as dificuldades de mercado encontradas pelo Vasco, que teme perder tal jogador em caso de dura concorrência.
- Não vai fazer bem a ninguém nos expormos com nomes de jogadores. Entendemos e apreciamos o interesse da imprensa, que precisa divulgar as notícias e se comunicar com o torcedor, mas não falaremos de A, B ou C antes de concretizarmos as transações. Visamos os interesses do clube a cada momento - colocou Dinamite, que defendeu a postura de Caetano.
- Ele deve estar ocupado, são muitas tarefas para cuidar. Vou me reunir com ele até para ficar a par das evoluções - revelou o cartola, envolvido em suspeitas extracampo, que dão conta de um suposto desvio de dinheiro, ainda não esclarecido.
O encontro a que se referiu deveria ter acontecido na última noite, quando o ex-craque buscaria informações sobre o lateral Irrazábal, que já esteve até mesmo no Rio para acertar os últimos detalhes da transferência. O vice de futebol, José Mandarino, também participaria do momento, e é outro que, ao que parece, não está disposto a falar.
Roberto Dinamite esteve em São Paulo no início da semana e tratou de diversos assuntos. Segundo ele, todos relativos ao Vasco, mas que não oficializou nem a contratação de Washington, atacante que não está longe de acertar, tampouco a assinatura com a marca Ambev, que poderá patrocinar a manga da camisa cruzmaltina. Em seguida, partiu para um encontro do Clube dos 13.