Futebol

Do banco para a história

Quando o árbitro Paulo César de Oliveira apitar o fim do clássico de hoje à noite, entre Vasco e Fluminense, no Maracanã, pela segunda partida da semifinal da Copa do Brasil, os goleiros Cássio e Fernando Henrique, do Vasco e do Fluminense, respectivamente, terão destinos opostos, mas com enredos bem parecidos. Os dois amargaram a reserva por seus clubes por muito tempo. Agora, depois de uma reviravolta na carreira, voltam a se encontrar, porém numa situação em que apenas um terá o seu nome lembrado na história do seu clube.
Cássio conquistou a posição depois do então titular Roberto sofrer uma lesão, ainda no Campeonato Carioca. Agora, ele espera que a boa fase continue sendo sua companheira constante.

- Roberto chegou a São Januário num momento em que passávamos muitas dificuldades no Brasileirão do ano passado. No entanto, ele deu conta do recado, conquistou a confiança da torcida, mas eu sempre sabia que tinha de trabalhar muito para ter o meu espaço. Graças a Deus ele chegou e tenho a oportunidade de ajudar o Vasco a chegar a uma final de Copa do Brasil - disse Cássio.

Sobre o companheiro de posição, Cássio só tem elogios.

- É uma grande pessoa e profissional. Certamente, temos de rezar para que ele não esteja numa noite inspirada - disse, sorrindo.

Do outro lado, Fernando Henrique também passou por momentos ruins. Quando foi comandado por Abel Braga, ele acredita que recebeu pouca atenção.

- Foi um período complicado.

Achei que eu merecia mais atenção, mais consideração do técnico (Abel Braga) naquela época. Estava bem e, depois de uma falha, acabei no banco. Graças a Deus dei a volta por cima e hoje sou titular do Fluminense - disse.

Sobre a situação que uniu os dois nesta semifinal, Fernando Henrique afirma que é algo, no mínimo, interessante.

- Certamente, é curiosa a nossa situação. Ele também começou a temporada como reserva e, assim como eu, se recuperou. Tenho visto Cássio fazer grandes partidas. Espero que ele continue assim - observou Fernando Henrique.

Amizade. Para não perder a vaga na equipe titular do Fluminense, Fernando Henrique destaca que deve trabalhar ainda mais para não voltar para a reserva. Ele afirma que o bom relacionamento com o rival Diego é fundamental para a manutenção da qualidade no gol tricolor.

- Nós somos amigos. Desde que me tornei profissional, sempre que um goleiro chega ao Fluminense eu o chamo para uma conversa. Digo que aqui é na base da amizade, que não tem inveja. A gente treina junto, rala junto e se respeita - disse Fernando, para depois completar. Diego é um grande goleiro, e eu preciso continuar bem para não perder a posição para ele. Mas somente com dedicação continuarei tendo sucesso.

Fonte: Lance
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