Thalles fez três gols no Sul-Americano sub-20. Se passou longe de brilhar, tampouco fez feio na seleção brasileira. A volta ao Vasco poderia ser o início da temporada que ele definiu, em entrevista no início do ano ao GloboEsporte.com, como "seu ano". Mas ele vai precisar de um pouco de paciência. E mais: precisará mostrar seu futebol para ganhar a vaga de Rafael Silva no campo. Doriva disse que não gosta de mexer na equipe e falou em coerência para manter o ex-Ituano na vaga que, em tese, seria do atacante prata da casa.
- Gosto de dar sequência para o time. Penso que é preciso de sequência e repetição para um time ganhar entrosamento. Perdemos o Madson momentaneamente, mas o Nei está preparado para fazer um grande jogo - disse o treinador do Vasco.
Desde a pré-temporada, de fato, Doriva nunca teve um atacante de área entre os titulares - Romarinho, quando participou de coletivos e jogos-treinos, sempre ficou na reserva. Thalles e Lorran - que também vai ficar no banco de Christiano - retornaram aos treinos na segunda, mas junto ao grupo a primeira atividade foi na terça-feira. Ou seja, Doriva teria dois treinos para modificar a forma da equipe jogar, agora com um atacante de referência, para pegar o Macaé. O técnico não quis mexer nesse momento na equipe.
- Thalles era um jogador que a gente precisava, um perfil de jogador que a gente precisava. Era importante a chegada dele, vamos ter mais opções. É um jogador que pensamos em utilizar sim, com certeza - disse o treinador, na primeira pergunta da coletiva de imprensa.
Ainda houve mais dois questionamentos sobre o aproveitamento de Thalles na partida. Habilidoso com as palavras, Doriva não fugiu do assunto, mas deixou claro que a entrada do atacante não obedece um rito igual ao de Guiñazu, por exemplo. O argentino é líder do grupo, um ponto de equilíbrio e experiência do time vascaíno.
- (Utilizar Thalles) de início seria incoerência da minha parte, porque o Rafael tem feito o máximo, se esforça muito, fez gol no último jogo. Claro que tem cobrança em cima dos gols, mas perante o grupo também ele tem sido importante - explicou Doriva, antes de falar da diferença dos jogadores. - Thalles tem outro biotipo de jogador que não tínhamos. Ele corpo privilegiado para aguentar o tranco, segurar a bola. Rafael tem outras qualidades, é rápido.