Futebol

Dorival faz balanço do desempenho do Vasco na temporada 2009

Contratado com a missão de recolocar o Vasco na Série A do Campeonato Brasileiro, o técnico Dorival Júnior atingiu o seu primeiro objetivo na semana passada: garantir o retorno à elite. Agora, nesta sexta-feira, contra o América-RN, no Maracanã, o treinador vai ter a oportunidade de sacramentar mais um desejo da comissão técnica, da diretoria, dos jogadores e do torcedor cruzmaltino: voltar à Primeira Divisão com o título da Série B. Porém, após 35 partidas, a conclusão do comandante é que o trabalho não foi nada fácil, muito pelo contrário, cheio de contratempos.

Sempre atencioso, o treinador atendeu a reportagem do GLOBOESPORTE.COM e falou do desempenho do time em 2009. Dorival apontou as maiores dificuldades que encontrou para montar a equipe ideal e revelou as principais virtudes do grupo. Na conversa, ele admitiu ainda que as constantes alterações por conta de lesões e cartões prejudicaram o rendimento do elenco cruzmaltino na Série B.

GLOBOESPORTE.COM: Você tem um estilo muito sereno nas coletivas e no tratar com os jogadores. Como você criou esse estilo?

DORIVAL JÚNIOR: - Como jogador, eu era bem tranquilo, procurava falar muito em campo, orientar. Procurei trazer isso para o banco de reservas porque acho que é necessário. Você precisa sempre estar pronto e equilibrado. A postura da equipe dentro de campo depende de quem está do lado de fora. Qualquer atitude que você tenha ali fora, isso passa para os jogadores. Na grande maioria das vezes, você precisa ter esse equilíbrio para passar coisas boas e não criar uma ansiedade em cima deles.

Em determinados momentos você costuma jogar com o time. É assim mesmo que funciona?

- Nós procuramos estar concentrados, tendo uma boa leitura da partida, sentindo cada jogador. Nem sempre você vai fazer a alteração que o torcedor quer, nem sempre é a alteração que muitos esperam. Você precisa fazer o que é necessário e, para que isso aconteça, você precisa estar ligado no que está se passando. Você precisa estar atuante com a equipe e isso depende da leitura que faz ali fora. E sentindo o desenrolar de um ou outro lance, você tem uma participação auxiliando e gritando. Isso é fundamental porque mostra que está atento.

Quando chegou ao Vasco, você sempre frisou que o time estava em formação. Agora, faltando três rodadas para o fim da Série B, o time atingiu o padrão que você queria?

- O que eu queria que acontecesse é que a gente tivesse uma seqüência como tivemos no primeiro trimestre do ano. Isso acabou não acontecendo. Não vejo a nossa equipe pronta nesse momento, jogando um futebol de alto nível e com a consistência que nós gostaríamos de ter. O Vasco não passou apuros no campeonato, com exceção do jogo com o Figueirense e das duas partidas contra o Atlético-GO. No mais, na grande maioria, o time foi superior aos adversários e se fez prevalecer pela postura que teve. Se você me perguntar se é o futebol dos meus sonhos o jogado pelo Vasco no momento, eu vou dizer que não é. Tudo pelas muitas alterações e pela perda do padrão que nós tínhamos. Isso foi perdido e precisa ser mais bem trabalhado na próxima temporada.

As alterações por lesão e cartão é que ocasionaram esse problema?

- As alterações nos obrigaram a isso. Mas foram essas alterações que fizeram com que a equipe estivesse sempre atenta, ativa e ligada. Senti que isso foi bom para esse grupo neste ano. O que pode não vir a ser para o do ano que vem. Esse é um detalhe que usamos esse ano e podemos não usar em 2010.

Podemos dizer que o time do Vasco é competitivo?

- É um time muito competitivo. Nos últimos jogos, o time não tem ficado exposto. Não temos criado muito, mas o time não se expõe. Os adversários não têm conseguido jogar em cima do Vasco. Os jogadores se sentiram confortáveis. Tivemos grandes alterações de elenco, mas mesmo assim eles responderam, sabendo o que iriam fazer dentro de campo. Se não tinha um conjunto, tinha a individualidade treinada e isso fazia com que o equilíbrio se mantivesse.

As alterações constantes no time foram as suas maiores dificuldades?

- Foi o principal problema. Nunca tinha convivido com isso. Nas equipes em que eu trabalhei, nós sempre tivemos o time-base alterado naturalmente, com uma ou duas alterações, eventualmente três, e raríssimas vezes quatro. Este ano foi diferente. Tivemos jogos em que mudamos mais da metade da equipe. Perdemos muito o conjunto que nós tínhamos. Isso fez com a que o equilíbrio fosse quebrado.

Fonte: ge
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