Inaugurado em 1927, o estádio de São Januário já presenciou vitórias históricas do Vasco sobre os seus principais rivais. Seja Flamengo, Fluminense, Botafogo. Todos já caíram na Colina histórica. Nesta quarta-feira, o time entra em campo para enfrentar o Sport, pela partida de volta das semifinais da Copa do Brasil, precisando cumprir uma missão quase impossível: vencer os pernambucanos por três gols de diferença. Difícil? Sim, é. Mas a equipe já conseguiu resultados parecidos ou até melhores atuando em seus domínios e empurrado por sua torcida.
O primeiro e um dos mais marcantes para os torcedores mais saudosos aconteceu no final da década de 40. No dia 21 de agosto de 1949, o Vasco começou perdendo para o Flamengo por 2 a 0 e conseguiu uma virada espetacular para 5 a 2. O craque do time na época, ou seja, o Edmundo da equipe, era Ademir Menezes. No entanto, Maneca, uma espécie de Leandro Amaral daqueles áureos tempos, foi o destaque, com dois gols.
Naquele ano, o time de São Januário conquistou o Estadual de forma invicta.
A outra virada marcante, uma das mais citadas pelos jogadores e pela comissão técnica agora em 2008, aconteceu em 2007. Atuando pela Copa Sul-Americana, o Vasco perdeu para o Lánus, em Buenos Aires, por 2 a 0, e, no jogo de volta, precisava de um resultado semelhante ao que necessita no jogo desta quarta-feira, diante do Sport.
No jogo de volta em São Januário, no dia 26 de setembro, o Vasco venceu por 3 a 0 e conseguiu a sua classificação para a fase seguinte do torneio sul-americano. Curiosamente, Leandro Amaral, que está hoje no elenco, participou daquela partida e foi fundamental para o resultado, com dois gols. Wagner Diniz marcou o outro. Para o camisa 19, o time tem condições de superar todas as adversidades e conquistar uma belíssima vitória na Colina.
- O pensamento da época daquele jogo está sendo o mesmo de agora. Todos estão com o pensamento positivo. A gente sabe das dificuldades que vamos encontrar. Aqui, em São Januário, o time é muito forte. A média de gols do time aqui é muito boa. Tem que controlar a ansiedade, não é preciso todo mundo atacar e o time precisa estar organizado. Temos jogadores que sabem decidir. Quem tiver que fazer os gols, vai fazer. Quem tiver que marcar, vai marcar. Cada um pecisa cumprir a sua função - analisa o atacante.