Futebol

Dupla de zaga do Vasco está prestes a igualar marca na Série B; Saiba

o Vasco tem sido assim: bola cruzada na área e zagueiro comemorando. Aconteceu na última terça-feira na vitória por 2 a 0 sobre o Luverdense, em São Januário. Há um desvio, um toque na trave e ela sobra limpa para Rodrigo empurrar para o gol. Comemorar fez bem e virou especialidade da dupla de zaga cruz-maltina. Pela Série B, dos 30 gols a favor da equipe sete foram marcados por Douglas Silva (três vezes) e Rodrigo (quatro vezes). Seis deles após a paralisação para a disputa da Copa do Mundo. Comparados aos atacantes, estão apenas um atrás, somando todos os que já atuaram durante as 22 rodadas da competição.

- Temos essa facilidade de atacar bem a bola, tanto eu como o Rodrigo. Treinamos bastante com o Douglas (meia que é o cobrador de faltas e escanteios), que é diferenciado. A bola vem perfeita e só temos que tocar a cabeça nela. O que acontece é treinamento, conversa, aquele sentimento de quando vai para a área é para definir. Se eu for para área e ficar parado não vou fazer o gol. Se procurar antecipar, terei a chance de marcar. É o que tento fazer - disse o zagueiro em entrevista coletiva.

O time dos atacantes está com oito gols, divididos entre Kleber (três), Thalles (dois), Reginaldo, Edmilson e Yago (um cada). Estar bem próximo do número de gols dos atletas de posição mais ofensiva, porém, não é motivo de provocação interna. Pelo contrário, os zagueiros-artilheiros são compreensíveis.

- Não zoamos porque é difícil. Atacante também vive fases difíceis, nós entendemos. E zagueiro é aquela coisa: estamos ali para a bola parada. Se o time leva vantagem na bola parada, por que não usar dessa força? Os atacantes vão nos ajudar ainda.

Por falar em atacante, Douglas Silva andou “fazendo” curso para a posição. Foi em Israel, país pelo qual defendeu Hapoel Kfar e Hapoel Tel Aviv.

- Joguei de atacante, mas foi em Israel. Faltavam 20, 25 minutos, e o time precisava fazer o gol no desespero. Mas não é minha característica, gosto de jogar de zagueiro. Bola parada é treinamento. Você olha quando a bola sai do pé do nosso jogador, ataca ela e aí tem grande chance de antecipar a jogada.

O posicionamento realmente tem sido importante. Tanto que os gols não saem apenas de cabeça. Rodrigo, por exemplo, fez um com o pé após cruzamento rasteiro contra a Portuguesa - outros dois de cabeça e um de falta. Douglas Silva fez um só de cabeça. E dois com os pés. Boa parcela de agradecimento vai para o ex-comandante do Vasco Adilson Batista.   

- O Adilson foi o primeiro que me explicou como atacar a bola. Ele me ensinou muita coisa. Foram nove meses me treinando no Avaí (clube em que foi revelado), tinha acabado de subir para o profissional, tentava escutar o máximo. Ele foi fundamental e deu muitas dicas boas - contou Douglas Silva.

Sábado os zagueiros terão mais uma oportunidade para marcar. O Vasco pega o Atlético-GO às 16h10, no Mané Garrincha. Com 38 pontos, o time está em quarto na Série B.

Fonte: ge
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