A frieza dos números diz com todas as letras que a possibilidade de o Vasco sofrer um gol do Flamengo no clássico de amanhã é enorme. O time de São Januário é o mais vazado do Campeonato Brasileiro, ao lado da Chapecoense, possui a segunda pior média de gols sofridos na temporada entre os times da Série A e terá pela frente um dos ataques mais efetivos do ano — o Flamengo possui média de 1,95 gol marcado por partida.
Para superar o rival no Clássico dos Milhões, a equipe do técnico Milton Mendes talvez tenha de romper suas próprias barreiras, como a conhecida dificuldade para reverter resultados adversos.
Se o Flamengo tem grandes chances de fazer ao menos um gol no Vasco, é preciso que o time de São Januário esteja preparado para correr atrás do prejuízo caso sofra o primeiro gol. Nas cinco vezes em que viu o adversário abrir o placar no Brasileirão, a equipe não conseguiu evitar a derrota.
Também há pontos positivos a que o Vasco pode se apegar de olho no clássico, ainda que não sejam relacionados ao momento dos times na temporada. Dos últimos dez jogos entre as equipes, o cruzmaltino venceu cinco e perdeu apenas um. Já a última derrota do Flamengo no Rio foi justamente para o Vasco, no ano passado, em São Januário.
O cenário favorável para o Vasco sofrer gols amanhã conta com os desfalques que o time terá no setor de marcação. Um zagueiro e dois volantes titulares não estarão em campo. Breno, lesionado, será substituído por Rafael Marques, enquanto Jean e Douglas, suspensos com três cartões amarelos, serão substituídos por Wellington e Bruno Paulista.
— Já treinamos juntos antes. Quando um sai, o outro fica na marcação — disse Wellington, confiante no entrosamento.
No lado do Flamengo, Diego e Guerrero, principais armas ofensivas, estarão descansados, depois de terem sido poupadas contra o Palestino, e se juntarão a Éverton Ribeiro.
Na primeira vez em que os três atuaram juntos, o resultado foi positivo: o Flamengo derrotou o São Paulo por 2 a 0, na Ilha, e o segundo gol foi resultado de um passe de Éverton Ribeiro bem aproveitado por Diego. O entrosamento entre os dois parece fluir sem problemas.