O empate contra o Goiás, na quinta-feira, ainda repercute no Vasco. Ontem em São Januário foi um dia extremamente agitado e, além da demissão de 13 funcionários, o presidente Roberto Dinamite reuniu-se por cerca de duas horas com os jogadores no vestiário, trancado. Segundo o próprio dirigente, o tom da conversa foi amistoso e teve o propósito de mostrar a importância da união no grupo.
Com uma seqüência de três difíceis compromissos, contra Atlético-PR, na Arena da Baixada, Fluminense, no Maracanã e Santos, na Vila Belmiro, o Vasco precisa reerguer-se na competição e fugir da proximidade com a zona de rebaixamento. E na opinião de Dinamite, um dos fatores que podem ajudar o time a subir na tabela é a união.
Do alto de seus 20 anos como jogador do clube, o atual presidente acredita que, tão importante quanto a qualidade técnica, é a união.
"Eu fui jogador do Vasco por 20 anos e já participei de vários elencos, fortes e fracos. E mesmo assim conquistei vários títulos, como o Brasileiro de 74, quando o Cruzeiro tinha um time superior. Então, o grupo se fortalece se for unido. E foi exatamente isso que tentei passar para os jogadores", explicou o dirigente, mantendo a cautela em relação a reforços: "Dizem que, teoricamente, o time é fraco. Com certeza, o Vasco merece uma equipe mais forte, mas não cabe a mim citar nomes. O treinador conversa com a gente, faz os pedidos e a Diretoria trabalha da melhor maneira possível para conseguir, mas nem sempre é fácil".
Espécie de porta-voz do elenco, o zagueiro Luizão, único jogador a falar na movimentada tarde em São Januário, completou.
"Ele disse que confia no grupo e nos passou tranqüilidade. Falou, também, que a Diretoria fará a parte dela e que nós temos de fazer a nossa", concluiu.