Imagine uma situação na qual você tenha de torcer contra um dos seus amigos. Difícil, não? Pois esse é o caso do atacante Edilson, que, assim como Luizão, do Flamengo, jamais conquistou um título da Copa do Brasil. Agora, com os dois clubes de maior rivalidade do futebol carioca pela primeira vez frente a frente na decisão da competição, o Capetinha se vê obrigado a atrapalhar os planos do amigo e deixá-lo mais um ano na fila.
Junta, a dupla Edilson/Luizão é sinônimo de conquistas expressivas. Entre os anos de 99 e 2000, os dois conduziram o Corinthians aos títulos brasileiro, paulista e do Mundial da Fifa. Além disso, eles participaram da campanha do pentacampeonato com a Seleção Brasileira, na Coréia do Sul e no Japão, em 2002. O único título que o atacante do Flamengo tem que falta ao Capetinha é o da Copa Libertadores.
- Jogamos mais juntos do que um contra o outro. No início da carreira, no Guarani, dividimos o mesmo teto. Espero que Luizão, meu amigo-irmão, consiga ser muito feliz. Mas apenas depois desta final de Copa do Brasil. Agora, quero deixá-lo para trás - brincou o Capetinha, já totalmente recuperado de uma lesão no tornozelo.
Edilson tem uma preocupação a mais: não provocar o adversário para que haja paz entre as duas torcidas. Tudo para evitar uma confusão igual a que aconteceu na decisão do Campeonato Paulista de 99, quando na partida contra o Palmeiras ele fez embaixadinhas e provocou um verdadeiro quebra-pau dentro de campo.
- Quando Vasco e Flamengo se enfrentam, tudo pode acontecer.
Em campo, esperamos fazer uma boa apresentação, sem provocações. O que acontece dentro das quatro linhas reflete-se fora delas disse um agora precavido Edilson.