Roberto Monteiro e Edmílson Valentim estão de volta ao quadro social do Vasco. Nesta terça-feira, o juiz titular da 43ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Carlos Sergio dos Santos Saraiva, proferiu a decisão que determinou o retorno dos beneméritos e sócios remidos à política do clube. A informação foi divulgada pelo GE e confirmada pelo Esporte News Mundo.
Monteiro e Valentim eram, respectivamente, presidentes dos conselhos Deliberativo e Fiscal no mandato do ex-presidente Alexandre Campello, no triênio 2018/2019/2020. Ambos foram figuras importantes na eleição do Vasco e se posicionaram como opositores ao presidente Jorge Salgado. Por este motivo, o juiz entendeu que a decisão de expulsá-los do quadro social do clube teve uma motivação política.
“Pela análise da exordial e dos documentos acostados, possível aferir que aos demandantes foi aplicada a pena mais gravosa, qual seja, exclusão do quadro social e cassação de mandatos. Do cenário narrado, de beligerância ente grupos políticos oponentes nas eleições do clube réu no ano de 2020, vê-se que, a princípio, a decisão do Conselho Deliberativo foi efetivamente empregada para eliminação política de desafetos, no caso os dois demandantes, eis que um 3º sócio teve melhor sorte e foi absolvido quanto aos mesmos fatos”.
Em contato com a reportagem, Edmilson Valentim comentou a decisão.
“Feliz pela decisão que reestabelece nosso direito de décadas de compor o quadro social do clube, e triste de ver a mesquinharia apequenar o Conselho Deliberativo do clube, com tantos desafios pela frente”.
Roberto Monteiro foi procurado pelo ENM, mas não respondeu. Ele apenas se manifestou no twitter.
I’m Back!
— Roberto Monteiro (@rmonteir0) August 10, 2021
O caso
No dia 28 de maio, o Conselho Deliberativo do Vasco, que atualmente é presidido por Carlos Fonseca, expulsou Roberto Monteiro e Edmilson Valentim do quadro social do clube por maioria de votos. Ambos foram denunciados por seis sócios, no dia 23 de fevereiro, por um suposto descumprimento do estatuto na elaboração da lista de votantes na última eleição.
Silvio Godoi, presidente do Conselho de Beneméritos na gestão de Alexandre Campello, também foi julgado, mas os conselheiros votaram pelo arquivamento do processo.