Edmundo foi de poucas palavras durante toda a semana e não falou nada logo após a confirmação do rebaixamento do Vasco para a Série B do Campeonato Brasileiro, no último domingo. O jogador só conversou com a imprensa na terça-feira, ainda dentro do gramado de São Januário e por poucos minutos. Na última segunda-feira, ainda em Curitiba, uma semana antes da \"tragédia\", o Animal desabafou com o GLOBOESPORTE.COM ao falar da mudança de comando na diretoria ainda no meio da competição nacional.
O jogador chegou a utilizar o título de um filme para falar da troca na presidência do Vasco. Em julho, Eurico Miranda deixou o cargo para a entrada de Roberto Dinamite e seus correligionários.
- Não sei se prejudicou ou não, mas é uma situação diferente. Sabe aquele filme o Náufrago? Eu me senti assim. Parecia que eu tinha ficado fora de casa por 15 anos e quando voltei, a minha esposa já havia casado com outro, outro cara estava dormindo na minha cama e comendo na minha casa. Foi assim que eu me senti com a mudança de diretoria. Você não sabe em quem pode confiar, em quem você pode desabafar. Isso prejudica um trabalho - diz o Animal.
Para Edmundo, se Eurico ainda estivesse no comando, a situação da prorrogação de seu contrato até o fim de 2009 já teria sido tratada. Para ele, o contato com os dirigentes atualmente é bem mais frio.
- Não sou a favor nem de um, nem de outro. Mas com o Eurico seria diferente esse casa de permanecer ou não no Vasco. Ele já teria conversado comigo, me dado um panorama da situação. Existia uma coisa mais de coração, de conversa. Agora, não. A coisa é mais fria. Não estou criticando o estilo do Roberto, mas é o jeito dele - afirma Edmundo.