Edmundo e Romário tinham regalias no Vasco

A declaração de Léo Moura na entrevista exclusiva ao LANCENET!, dizendo que é normal craque ter regalias, não diz respeito apenas a alguns privilégios de Ronaldinho, hoje, no Flamengo.

O futebol brasileiro apresenta um histórico de jogadores que também ganharam tratamento especial em seus respectivos clubes e até mesmo na Seleção.

Uma das referências nacionais quando o assunto trata sobre regalias é Romário. Uma declaração do Baixinho, em 1995, no Flamengo, inclusive, se transformou em música.

Na época, o ex-atacante chegou a indagar: \"Treinar para quê, se eu já sei o que fazer?\". O questionamento virou uma letra de pagode composta pelo humorista Tom Cavalcante.

O LANCENET! listou alguns casos de privilégios envolvendo alguns ícones do futebol brasileiro.

Romário

Amante das noitadas, Romário era avesso aos treinamentos, especialmente aos trabalhos no período da manhã. Em uma das passagens pelo Vasco, o craque não era obrigado a se concentrar com o grupo e treinava quando queria. Em 1995, no retorno ao Flamengo, teve Vanderlei Luxemburgo como técnico. Da mesma maneira que aconteceu com Ronaldinho, este ano, o treinador travou uma disputa com o Baixinho, mas perdeu a queda de braço. As regalias a Romário chegaram a acontecer até em Miami, quando o ex-atacante atuou pelo Miami FC, dos Estados Unidos. Na época, ele tinha carta branca até para afastar quem o incomodasse no elenco.

Edmundo

Assim como Romário na passagem pelo Vasco, Edmundo tinha seus privilégios que eram percebidos por meio de sua força dentro do clube e do grupo. Em 2008, ele teve uma discussão áspera com o técnico Alfredo Sampaio durante um treinamento. Depois que a notícia chegou à diretoria, Sampaio foi demitido. O jogador também era poupado de várias partidas fora de casa, principalmente no Campeonato Estadual.

Adriano

Na segunda passagem pelo Flamengo, entre 2009 e 2010, o atacante só treinava à tarde. O Imperador também costumava faltar a treinos, principalmente aqueles marcados depois do período de falta. Mesmo sem justificar a ausência, o atacante tinha o respaldo da diretoria que dizia que o jogador estava liberado. O próprio Adriano chegou a admitir que tinha regalias e elas eram aceitas pelos companheiros do grupo.

Ronaldo

No retorno ao futebol brasileiro, quando foi contratado pelo Corinthians, no fim de 2008, o próprio presidente do clube, Andrés Sanchez, garantiu privilégios ao Fenômeno. O mandatário, na época, avisou que ele não precisaria jogar todas as partidas. O clube também cedeu o mesmo apartamento que morou Tévez, em 2005, para Ronaldo. O clube também acelerou o processo de construção do centro de treinamento, no Parque Ecológico, para dar melhores condições de trabalho ao jogador.