A juíza Márcia Cunha, da 7ª Vara Empresarial, afastou nesta quinta-feira à noite, Eduardo Viana da presidência da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro. Além do dirigente, toda a diretoria da Fferj foi destituída. Na decisão, ainda em primeira instância, uma nova eleição para o preenchimento dos cargos deve ser realizada em 30 dias.
O processo (nº 2004.001.057730-7) foi movido em 2004 pelo promotor Rodrigo Terra, membro do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Ele alega falta de transparência na administração da Fferj, o que fere o estatuto do torcedor. Em sua decisão, a juíza Márcia Cunha julga procedente o pedido de destituição dos dirigentes e a antecipação de tutela para o fim de decretar o imediato afastamento da diretoria.
Nesta sexta-feira há uma assembléia na Federação do Rio. Se não for notificado oficialmente da decisão, Eduardo Viana ainda poderá presidi-la.
O processo não tem ligação com o afastamento de Eduardo Viana, em 2004, da Federação do Rio. Na época, o juiz titular da 37ª Vara Criminal, Geraldo Prado, determinou a saída do dirigente do cargo de presidente da Federação, bem como o de cinco outros dirigentes da entidade. Prado aceitou a denúncia do Ministério Público, que alega quatro crimes: formação de quadrilha, estelionato, fraude processual e falsidade ideológica, todos relacionados à evasão de renda no Maracanã.
Após ficar dez meses afastado, Eduardo Viana, o Caixa D\"Água, tinha voltado ao comando da Federação do Rio por decisão do ministro Nílson Naves, da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que deferiu medida cautelar para que o dirigente retornasse ao cargo até o julgamento final de processo na Justiça do Rio.