Neste sábado (11), das 10h às 22h (de Brasília), na sede do Calabouço, no Centro do Rio de Janeiro ou online, o Vasco vai eleger o novo presidente do clube. Na disputa para substituir Jorge Salgado estão Leven Siano, da Chapa Somamos, e o ex-jogador ídolo do clube, Pedrinho, da Chapa Somos Vasco.
Lembrando que o sócio terá a opção de votar em cabines na sede do Calabouço ou de forma remota. A votação só é aberta para quem está apto. A apuração dos votos acontecerá imediatamente após o encerramento. Ao todo, 6.209 associados poderão eleger o novo presidente vascaíno.
A Itatiaia conversou com os candidatos e colocou os mesmos pontos para os dois candidatos. Veja.
1 - Principais planos?
Leven Siano: Implementar no Vasco uma gestão compartilhada de partes interessadas. Nossa ideia é envolver clube associativo, a SAF, imprensa, poder público, patrocinadores, funcionários, parceiros, acionistas, torcedores, sócios, torcidas organizadas, youtubers, influenciadores, comunidades, autoridades esportivas e todos outros atores que possam ser identificados como indivíduos ou instituições que afetam ou são afetados pelo Vasco.
Pedrinho: A reforma de São Januário é um desejo de toda a comunidade vascaína. O diálogo é fundamental para que possamos ter um estádio que representa o Vasco, sua identidade, seus valores e que encha de orgulho os vascaínos. Acredito que o melhor projeto é aquele que dá voz ao vascaíno, aquele com o qual o torcedor se identifique. Um que combine receitas e ganho esportivo, juntando tradição com modernidade, que seja confortável para os torcedores, mas que mantenha a atmosfera vascaína. Já passou da hora de sairmos das apresentações de maquetes. Temos um projeto com viabilidade financeira e será uma das nossas prioridades na gestão.
2 - Por que escolheu ser presidente do Vasco?
LS: Porque acredito que eu possa colaborar para construir um Vasco dos sonhos de todos os vascaínos. Para isso me preparei estudando na Uefa para trazer para o nosso clube as melhores técnicas de gestão que estão sendo praticadas pelos principais clubes europeus.
P: O que mais mexe comigo é que nunca resolveram os problemas do Vasco. São pelo menos 20 anos de deterioração. Estou preparado e com uma equipe extraordinária e parceiros sólidos. O momento é esse e a oportunidade está aí. As pessoas depositavam em mim a possibilidade de uma virada no que é a política do Vasco, em todos os aspectos. Temos totais condições de fazer um clube forte. Temos pela frente a oportunidade de modernizar São Januário e as outras sedes. Enfim, o desafio que me coloquei foi o de trazer de volta o Vasco que vivi.
3 - Como pretende unir o social com a SAF?
LS: A ideia é convergir, de forma condicionada, com a SAF e mostrar para eles que o melhor caminho para o Vasco é através da gestão de stakeholders, conforme proposta pelo professor de gestão americano, Robert Freeman. Tendo máxima atenção para cuidar para que a constituição da SAF jamais possa significar o risco de desaparecimento do clube associativo. O trabalho no Conselho será de colaboração total e proposição de um planejamento estratégico que convirjam os interesses de ambas as instituições.
P: É fundamental ter dentro deste Conselho alguém que entenda de futebol, que conheça os valores e a história do Vasco. Quando a 777 adquiriu 70% da SAF, ela não se responsabiliza apenas por um clube de futebol, mas por sua história, seus títulos e o principal: sua torcida. O Vasco é futebol, o negócio do Vasco SAF é futebol. Alguém do Conselho precisa entender de futebol. Nada fará sentido se não tivermos um futebol competitivo. Acredito que essa seja a união perfeita e não podemos perder essa oportunidade.
Como é a eleição do Vasco
A lista de aptos a votar na eleição do Vasco conta com 6.209 sócios. No entanto, 256 associados terão seus votos separados para que posteriormente seja feita uma averiguação, segundo uma decisão judicial. Quem vencer o pleito, comanda a parte social do clube por três anos.
O Vasco associativo não interfere mais nas principais decisões do futebol, que está nas mãos da 777 Partners. A agremiação é dona de 30% da SAF e tem duas cadeiras no Conselho de Administração da Vasco SAF, ocupadas pelo presidente e por outra pessoa indicada por ele.