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Eleições do Vasco podem ser anuladas

Na próxima terça-feira (17/12) às 14:00 horas ocorrerá na 37ª Vara Cível, Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento referente ao Processo nº  0257116-89.2011.8.19.0001 de autoria de José Henrique Coelho (ex-vice de Marketing) e cujos réus são: Club de Regatas Vasco da Gama, Roberto Dinamite (presidente da Diretoria Administrativa), Olavo Monteiro de Carvalho (presidente da Assembléia Geral) e Antonio Gomes da Costa (vice-presidente da Assembléia Geral).

Na citada ação, o advogado do autor, Luiz Américo de Paula Chaves (ex-vice Jurídico), requer a anulação das eleições que ocorreram no dia 02 de agosto de 2011 e que redundaram na reeleição de Roberto Dinamite. Na inicial são descritas diversas irregularidades que teriam ocorrido na preparação do pleito. A principal delas é que Olavo Monteiro de Carvalho era ao mesmo tempo o magistrado do pleito e concorria a sua própria reeleição para o cargo de presidente da Assembléia Geral, num claro conflito de interesses.

Curiosamente, Olavo Monteiro de Carvalho foi autor no passado de uma Ação Civil Pública, junto à 5ª Vara Empresarial, em face do Club de Regatas Vasco da Gama, requerendo a anulação das eleições realizadas em 13/11/2006, na qual argüiu a suspeição e o impedimento  do Presidente da Assembléia Geral (José Pinto Cabral), condutor da eleição, que  estava concorrendo à reeleição pela Chapa da Situação, naquilo que foi qualificado por Olavo como: “conflito de interesses gritante”.

O autor apresenta como testemunha Hercules Figueiredo (ex-presidente do Conselho Fiscal). As testemunhas apresentadas pelos réus são: Nelson Rocha (ex-vice de Finanças) e Nelson de Almeida (ex-vice Jurídico e ex-vice de Finanças).
Não participaram daquela eleição de 2011, em razão de "vícios insanáveis de origem", as chapas capitaneadas por José Henrique Coelho e por Pedro Valente.

Dentro do Vasco, algumas correntes políticas acreditam que a melhor solução seria que as partes litigantes chegassem a um acordo, que contemplaria a anulação da referida eleição e esta seria realizada novamente em janeiro de 2014. Com isso o presidente que viesse a ser eleito em janeiro de 2014, disporia de mais tempo para planejar o retorno a série A do Brasileirão.

Para alguns conselheiros, apenas uma nova administração, imediatamente eleita, seria capaz de renovar as esperanças dos vascaínos, dar credibilidade e impulsionar o programa de sócios, resgatando o pacto entre clube e torcida. Sem credibilidade e isolado, Dinamite não teria forças para atrair investimentos nem preparar o clube para o retorno a série A, principalmente se o historicamente conturbado processo eleitoral ocorrer durante a campanha do time na série B. Por outro lado, saindo dos holofotes da crise, Roberto Dinamite teria tempo para trabalhar sua imagem e se preparar para a campanha eleitoral para deputado estadual.

Fonte: SuperVasco - Respeite os créditos
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