Clube dos 13 e Globo
Há alguns dias comentei (no blog do Lédio Carmona) que Márcio Braga estava articulando no Clube dos 13 querendo a presidência, provavelmente para Kleber Leite, com um vice-presidente saído do São Paulo, talvez o Julio Casares (embora isso talvez não fosse visto com bons olhos pela Globo, atrevo-me a dizer, pois o Julio é diretor de marketing da Record). E na semana retrasada, em almoço oferecido pela Globo São Paulo em sua nova sede para os diretores de clubes e do C13, Eurico Miranda interrompeu o discurso de Márcio Braga aos berros, criando um clima geral de constrangimento. Claramente, a guerra eleitoral está aberta e, como diz Juca Kfouri em seu blog, hoje, tem de um lado o Flamengo e o São Paulo, e de outro os demais times. Fica a dúvida, para variar, sobre o Corinthians, um clube ainda acéfalo e sem rumo. A tendência, porém, é que feche posição com o Rubronegro e o Tricolor.
E o que faz o C13?
A rigor? Nada. Apenas serve como intermediário nas negociações dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. É uma entidade que nasceu cheia de planos e caiu no lugar comum de nada fazer, ter diretores bem remunerados, e só. Deve ser bom, porque Fábio Koff, seu atual e meio eterno presidente, desde 1995, já disse inúmeras vezes que quer parar, mas... está em campanha por mais um mandato.
Será?
Pergunto-me se São Paulo e Flamengo realmente querem o controle do C13. Afinal, é o tipo de negócio que dá muita dor-de-cabeça. Koff está se articulando com Mustafá Contursi, ex-presidente do Palmeiras e claramente em oposição, até por motivos históricos, ao São Paulo. E também se aproxima de Eurico Miranda, presidente do Vasco e desafeto, para dizer o mínimo, de Márcio Braga e tudo que diga respeito ao Flamengo.
Desde que o Sevilla e depois o Real Madrid e o Barcelona passaram a negociar seus direitos de tv diretamente com as interessadas, essa possibilidade, estou certo, passa pelas cabeças de dirigentes dos três clubes que geram, hoje, maior audiência e retorno de mídia.