Gaúcho chamou para si a responsabilidade pelo mau momento do Vasco e está cada vez mais pressionado na Colina. Mas, para os jogadores, o treinador não está sozinho. Pelo comandante, o grupo conversou, uniu forças e está disposto a acabar com a sequência de duas derrotas seguidas no Estadual nesta quarta-feira, às 22h, contra o Nova Iguaçu, em Volta Redonda. Afinal, um novo tropeço aumentará ainda mais a crise em São Januário e poderá custar caro para o técnico.
Embora a cúpula do futebol formada pelo diretor executivo René Simões e o diretor técnico Ricardo Gomes garanta Gaúcho e tente tranquilizá-lo, nos bastidores de São Januário há quem já questione a permanência do atual comandante no cargo e peça a sua saída caso o time perca a segunda partida consecutiva para um clube considerado de menor investimento.
Ciente de que pode estar na corda bamba, Gaúcho minimiza sua situação e acredita na volta por cima logo mais.
Fizemos uma grande reformulação na equipe. Encontrar culpados é simples, mas não tenho medo disso. Já trabalhei fora do país, mudei de endereço e tudo isso é natural para mim. O que posso fazer é ajudar o Vasco de alguma forma para tirá-lo dessa situação. É hora de colocar o pezinho no chão, desabafou o técnico, avaliando o duelo contra o Nova Iguaçu.
Temos de vencer, não tem outro jeito. É arriscar e forçar o tempo inteiro, pois estamos há duas rodadas sem vencer, completou.
Mantido no time titular, o apoiador Dakson saiu em defesa do treinador. Para o camisa 87, o trabalho feito por Gaúcho até o momento tem de ser valorizado.
Não podemos pegar tudo o que o Gaúcho fez até agora e jogar fora por causa de uma derrota. Ele precisa ser valorizado. O grupo está unido, pois apenas os jogadores podem tirar o clube dessa situação. As vitórias virão logo, prometeu o atleta.
Nesta terça-feira, Gaúcho voltou a reunir o grupo antes do treino. A conversa demorou cerca de dez minutos e o treinador procurou tranquilizar o time.